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Banco de perfis genéticos faz mutirão para coleta em 65 mil condenados

23-09-2019 17:22:51 (2261 acessos)
R$ 9 milhões para a aquisição de kits de coletas de amostras biológicas, reagentes, picotadores semiautomáticos e analisadores genéticos. Esse é o investimento do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para incrementar as atividades do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG). O Banco tem hoje 30 mil perfis de condenados cadastrados, número quase quatro vezes maior do que os 8 mil perfis cadastrados em janeiro de 2019.

 


Material comprado pelo Governo Federal foi distribuído aos estados para a realização de um mutirão de coleta de DNA de presos, como parte das metas de cadastro do perfil genético de cerca de 65 mil condenados que o Minitério pretende alcançar até o último dia de 2019.

 

Ampliação do banco de dados genéticos garante mais eficiência e velocidade

na elucidação de crimes violentos. Na quinta-feira, por exemplo, a Secretaria

de Segurança Pública de Goiás anunciou a prisão do maior estuprador em

série do Estado. A descoberta só teria sido possível a partir dos dados

contidos no Banco de Perfis Genéticos. Mais de 40 estupros são

atribuídos ao criminoso e 22 já foram confirmados por teste de DNA.  

 

De acordo com o último relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), publicado em junho, estavam cadastrados no banco nacional mais de 9 mil vestígios oriundos de locais de crimes. A coincidência entre perfis genéticos de diferentes locais de crimes ou de condenados, permitiu, segundo o Ministério da Justiça, que 825 investigações criminais fossem auxiliadas até maio de 2019, incluindo crimes contra a vida, crimes sexuais e crime organizado.

A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foi criada com objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no processo de investigação. Atualmente, 18 laboratórios estaduais, o laboratório distrital e o laboratório da Polícia Federal geram perfis genéticos que são enviados rotineiramente para o Banco Nacional, em Brasília.

Crimes solucionados

Após mutirão de coleta de DNA de presos em São Paulo, feito por peritos do estado, foi possível identificar o criminoso responsável pela morte de Rachel Genofre, assassinada em Curitiba, em 2008. O corpo da menina de 9 anos foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária da cidade. O resultado também só foi possível, pois durante as investigações do crime, peritos do Paraná haviam coletado material genético deixado pelo criminoso na mala e no corpo da vítima.

Em outro exemplo de uso do Banco Nacional de Perfis Genéticos, o Ministério da Justiça destaca a identificação de mais um suspeito de crimes sexuais em série. Entre os anos de 2012 e 2015, várias mulheres foram violentadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Goiás. Após ser preso em Rondônia, o acusado teve o material biológico extraído. Quando os perfis genéticos do suspeito foram enviados para o Banco, novas compatibilidades foram encontradas. Atualmente, o estuprador em série está sendo investigado por abuso sexual de mais de 50 vítimas.

 

 

Fonte: Agência Brasil, Ministério da Justiça
 

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