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Jumentos morrem de fome antes de serem exportados como carne

30-11-2019 23:14:20 (1926 acessos)
Jumentos seriam exportados para a China como carne preparada em frigoríficos, mas morreram antes de fome e abandono. Denúncia do deputado Célio Studart, do Partido Verde do Ceará, refere-se a "denúncia anônima" feita em janeiro de 2019 e dá conta que devido ao " estado de insalubridade e calamidade" foram vitimados pelo menos 200 animais na localidade de Canudos, na Bahia. Mas outros "burricos" foram descobertos em situação semelhante em Itapetinga.

 


Abate e comercialização de pele de jumentos, serão discutidos terça-feira (191203) a partir das 14 horas (plenário 8), na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

Assunto foi provocado pela denúncia colocada pelo deputado Célio Studart, do Partido Verde do Ceará. A matança prossegue após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Liberou os frigoríficos para abater jumentos na Bahia e consequentemente promover a exportação da carne desses animais. A liminar havia sido concedida em dezembro de 2018, em razão de denúncia de maus-tratos, e foi derrubada em setembro de 2019.

"O abate de jumentos no Brasil visa atender um anseio meramente comercial; acaba negligenciando questões sanitárias e o bem-estar dos animais". Foi o que afirmou o Deputado que solicitou a audiência.

Afirmou que, em decorrência de denúncia anônima feita em janeiro de 2019, descobriu-se "o estado de insalubridade e calamidade" que resultou na morte de 200 animais por falta de água e comida em Canudos, na Bahia. "Os jumentos seriam exportados para a China e acabaram mortos por fraqueza e inanição. "Meses antes, em Itapetinga, dezenas de outros jumentos foram encontrados em situação semelhante."

Studart alerta que, de acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia, a morte de jumentos causada por maus-tratos em alguns anos poderá resultar na extinção desse animal no Brasil. "Os abates têm muito a ver com o abandono sofrido pelos jumentos, que antes colaboravam com o transporte e o trabalho no campo e acabaram, pouco a pouco, sendo substituídos por veículos motorizados", explica o parlamentar.


Foram convidados para a audiência:


- a diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Vânia Plaza Nunes;
- a presidente da Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, Gislane Brandão;
- a bióloga e representante da organização não governamental The Donkey Sanctuary, Patrícia Tatemoto;
- a professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, Adriana Wanderley de Pinho Pessoa;
- o diretor da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Rui Leal;
- o chefe do Serviço de Investigação, Auditoria e Gestão de Riscos do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Francisco Sadi Santos Pontes.

 

 

Fonte: Agência Câmara
 

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