Polinização, tempo seco, alergia nas vias respiratórias e menor lubrificação dos olhos são os gatilhos. Saiba como prevenir.
OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que no Brasil a asma entre crianças e adolescentes é uma das mais altas do mundo com 20% de prevalência. Quem pensa que alergia é doença de criança, se engana. Relatório da Organização mostra que dos 15 aos 18 anos, 23% dos brasileiros sofrem com alguma alergia respiratória. Pior: 6 em cada 10 desenvolvem alergia ocular.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Net do Instituto Penido Burnier, alérgicos formam o principal grupo de risco do ceratocone, doença degenerativa que afina a deforma a córnea, lente externa do olho responsável por 60% da nossa visão. No Brasil 100 mil pessoas convivem com esta doença. O hábito de coçar os olhos é o maior fator de risco.
Olho seco
O especialista afirma que na primavera a baixa umidade do ar aumenta a síndrome do olho seco. A menor lubrificação dos olhos predispõe ao ceratocone. Os sintomas da síndrome elencados pelo médico são vermelhidão, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. O distúrbio atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo e 12% dos brasileiros. Levantamento feito por Queiroz Neto nos prontuários de 315 portadores de ceratocone mostra que 24% têm olho seco. Em tempo de pandemia, o trabalho home office e a educação online torna a vida dessas pessoas bastante complicada. Isso porque, 1 em cada 3 afirmam ter dificuldade de permanecer diante de uma tela por muito tempo.
Influência dos hormônios
Os principais sintomas do ceratocone elencados pelo oftalmologista são coceira nos olhos, visão dupla ou distorcida, troca frequente dos óculos, enxergar halos ao redor da luz e fotofobia. O oftalmologista afirma que além do efeito do meio ambiente no desenvolvimento do ceratocone, alergias respiratórias, e casos na família a doença também ceratocone também sofre influência dos hormônios sexuais. Isso porque, estimulam a córnea a produzir enzimas que levam ao afinamento progressivo da sua espessura. “É por este motivo que a maioria dos diagnósticos ocorrem na puberdade. Mulheres com a doença estável há anos também podem experimentar progressão repentina do ceratocone durante a gestação”, salienta
Diagnóstico e tratamentos
Queiroz Neto afirma que o diagnóstico precoce é essencial para evitar o transplante, especialmente depois da pandemia que auimentou a fila da cirurgia. A tomografia,m exame que faz a análise das duas faces da córnea permite diagnosticar a doença antes de sinais evidentes. A única terapiaque interromper a progressão, ressalta, é o crosslinking que associa a aplicação de riboflavina, vitamina B2, e luz ultravioleta para fortalecer a reticulação das fibras de colágeno na córnea. Outros tratamentos são o implante de anel intraestromal que achata o formato da córnea e o lente escleral que por se apoiar na esclera, parte branca do olho, tem boa adaptação inclusive em casos avançados de ceratocone.
Prevenção
Queiroz Neto afirma que a principal recomendação para prevenir o ceratocone é não coçar ou esfregar os olhos. A dica do oftalmologista é usar compressas frias para aliviar a coceira. Não desaparecendo é necessário consultar um especialista. O uso de colírios sem prescrição pode piorar o problema. A alergia pode ser evitada com cuidados simples. Os principais indicados pelo médico são:
Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
Não há Comentários para esta notícia
Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Noticiario, não reflete a opinião deste Portal.