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Mapa mostra os locais do Brasil mais ameaçados pela erosão

18-01-2021 15:30:11 (901 acessos)
Um mapa desenvolvido pelos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) vai ajudar planejadores e administradores públicos, a enfrentar os desafios da erosão e sobretudo evitar que se formem aglomerados urbanos em locais de risco. EMBRAPA e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizaram projeções com dados de precipitações de chuvas encontrados na rede de Zoneamento Agrícola do Risco Climático (ZARC) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

 


Um dos estudos que subsidiaram a criação dos mapas nacionais de vulnerabilidade e suscetibilidade dos solos à erosão hídrica apresentou a estimativa de erosividade da chuva anual de todo o Brasil. Pesquisadores da Embrapa Solos e bolsistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) utilizaram dados mensais de precipitação da rede de Zoneamento Agrícola do Risco Climático (ZARC) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). No total, foram utilizados dados de 3.659 estações pluviométricas, sendo 3.294 da rede ZARC e 365 da CPRM. 

De acordo com Evaldo de Paiva Lima, pesquisador da EMBRAPA Solos que atua na Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) de Recife, a erosividade para o Brasil foi determinada a partir das equações do índice de erosividade compiladas, principalmente, em um trabalho acadêmico de 2012. Essas equações deram origem a pontos no ambiente SIG do ArcGIS, um sistema de informações geográficas para trabalhar com mapas. “Com o estabelecimento dos vínculos entre as equações utilizadas e as estações pluviométricas, o próximo passo foi calcular, na planilha eletrônica, o índice de erosividade para cada um dos meses e estações pluviométricas. O somatório do índice de erosividade de cada mês resultou na erosividade da chuva anual de cada estação.”

A partir desses resultados pontuais, os pesquisadores geraram o mapa de estimativa de erosividade da chuva anual, por meio de um método de interpolação espacial de dados. Esse mapa foi reclassificado, de acordo com um trabalho acadêmico sobre hidrossedimentologia prática de 2008, em cinco classes de erosividade anual: baixa, média, média-forte, forte e muito forte.

Plataforma tecnológica do PronaSolos

A versão 1.0 da plataforma tecnológica do PronaSolos foi lançada em dezembro de 2020 e reúne, por meio de um sistema de informações geográficas (SigWeb), mapas e dados de solos produzidos ao longo dos últimos 60 anos por Embrapa, CPRM, IBGE, órgãos estaduais e regionais e universidades. 

De acordo com Silvio Bhering, responsável pelo desenvolvimento da plataforma tecnológica do PronaSolos, com a nova ferramenta é possível ter acesso ao acervo de estudos de mapeamentos de solos do Brasil e de perfis de solos em um único local, de maneira organizada e sistematizada.

O sistema SigWeb também possibilita a combinação, de forma fácil e ágil, de dados e informações diversas, por meio da integração de mapas temáticos com unidades de planejamento, como bacias hidrográficas e biomas. “Uma nova versão da plataforma vai incorporar novos estudos, além de outras funcionalidades ao sistema, que permitirão a recuperação e a integração seletiva de mapas e de dados de solos”, acrescenta.

Como explica José Carlos Polidoro, pesquisador da EMBRAPA e coordenador do comitê executivo do PronaSolos, a entrega da plataforma tecnológica marca o início do funcionamento do Sistema Nacional de Informação de Solos. Foi sugerido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2015, por meio de acórdão, e previsto no decreto que criou o programa em 2018.

Mais ionformações: 

PronaSolos entrega maior plataforma tecnológica do País sobre solos brasileiros   

 

 

Fonte: EMBRAPA Solos - Fernando Gregio
 

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