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Excesso em computador causa dor de cabeça e miopia acomodativa


30-10-2017 20:36:23
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Stress ocular provocado pelo esforço visual no computador. É o diagnóstico encontrado pelo médico oftalmologista do Instituto Penido Burnier, de Campinas (São Paulo), Leôncio Queiroz Neto, para as queixas de dores de cabeça apresentadas por crianças. Excessos de uso remeteram incidência do mal de 1% para 30%, na infância.

 


Computador causa cefaléia na infância

Estudo mostra que 30% das cefaléias na infância estão relacionadas ao excesso de computador que também leva à miopia acomodativa.

 

A dor de cabeça é uma das principais causas das consultas oftalmológicas entre crianças. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, quando um filho se queixa é a primeira especialidade consultada pelos pais. A boa notícia é que os problemas oftalmológicos só causam 1% da cefaléia na infância. Ele diz que o problema geralmente resulta do stress ocular provocado pelo esforço visual no computador. Só para se ter uma ideia, o uso excessivo da tecnologia faz com que a incidência da dor de cabeça relacionada à visão salte de 1% para 30% na infância. É o que mostra um estudo feito pelo médico com 360 pacientes de 9 a 12 anos que chegavam a ficar 6 horas ininterruptas na frente do computador, videogame e outras tecnologias.

Identificação e prevenção

“É fácil identificar a cefaléia relacionada ao excesso de computador” afirma Queiroz Neto. Ele explica que geralmente surge depois de duas horas em frente a telinha. É caracterizada por uma dor tensional nas têmporas e pescoço. Cabe aos país, observa, orientar a criança para evitar as crises. Na maior parte dos casos a dor desaparece com descanso, olhando para o horizonte de 15 a 30 minutos a cada hora na frente do monitor, e até fazendo uma caminhada pela casa. Se não desaparecer, a recomendação é consultar um especialista.

Risco de miopia

O estudo também mostra que o excesso de computador pode estar relacionado ao aumento da miopia. Isso porque, o esforço visual prolongado para enxergar de perto levou causou miopia em 21% das crianças contra a prevalência de 12% apontada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia). O médico afirma que em crianças ao visão está em desenvolvimento e a contração prolongada dos músculos ciliares para focar as telas eletrônicas inibe o relaxamento dessa musculatura e leva à miopia acomodativa. É diferente da miopia patológica em que o eixo da visão cresce. “Por isso, pode ser revertida com descanso dos olhos, mas pode se torna um mal permanente se a criança permanecer diariamente por mais duas horas olhando para as telas eletrônicas”, afirma.

O oftalmologista afirma que isso explica porque um estudo americano recomenda as atividades ao ar livre para evitar a miopia.

Hereditariedade

Queiroz neto ressalta que quando o assunto e miopia a hereditariedade determina, enquanto os fatores ambientais favorecem ou impedem o desenvolvimento. Embora a genética seja determinante, ressalta, não significa que necessariamente a miopia seja passada de pai para filho. Isso porque, explica, quando uma criança nasce, suas características físicas são determinadas em 50% pelos cromossomos da mãe e em 50% pelos cromossomos paternos. Se apenas um dos pais é míope e o filho herda o gene dominante da miopia, tem 50% de chance de tornar-se míope. No caso dos pais serem portadores do gene, mas não apresentarem a doença, a probabilidade de o filho ser míope cai para 25%. É isso que explica porque uma criança pode ter olhos normais mesmo que os pais tenham miopia, conclui.

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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