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Toy York Giongo, a história terminou

Toy York Giongo, a história terminou
26-04-2019 00:41:05 (31163 acessos)
Como tudo que vive, também morre. E assim foi a história de Toy Giongo que há muito mantemos em Noticiario. Sob aplausos e muita emoção, lembranças dos tempos de alegria vividos entre todos os que partilharam dessa "amizade", o amado cão foi fazer "cachorrice" num lugar do infinito. Não há como duvidar que está espalhando bondades e consolando aflitos em outra esfera, aqueles que muito precisam do amor desprovido de interesse. Toy despediu-se dos humanos em 11 de janeiro de 2023.

 


Toy York Giongo - Mogli ao Cãotrário, as emoções da Jornalista

Por muitos anos ouvi minha mãe falar sobre a vontade de ter um cachorro e a crueldade de criá-lo dentro de um apartamento sem espaço para exercer sua “cachorrice”, até que um dia meu pai apareceu com um filhote da raça York Shire e o colocou no colo dela. “Foi amor à primeira vista”, ele disse. E foi o melhor presente que a família poderia ganhar!

TOY YORK GIONGO - MOGLI AO "CÃOTRÁRIO"

 


Por muitos anos ouvi minha mãe falar sobre a vontade de ter um cachorro e a crueldade de criá-lo dentro de um apartamento sem espaço para exercer sua “cachorrice”, até que um dia meu pai apareceu com um filhote da raça York Shire e o colocou no colo dela. “Foi amor à primeira vista”, ele disse. E foi o melhor presente que a família poderia ganhar!

 

Passávamos por problemas familiares e muitos desentendimentos nessa época, mas ter no mesmo ambiente aquela figura fofa e “cãopanhia” carinhosa mudou os temas e o tom das conversas, nos fez exercitar a paciência, lembrar do amor familiar incondicional, perceber a inteligência dos animais e a necessidade de cuidar de quem a gente ama. Essa “cãovivência” nos uniu e mudou cada um de nós profundamente.

 

Agora o único que não gosta de cachorro na família é o próprio Toy. Ao que parece, ele não se “cãosidera” canino. Ignora outros cães e imita tudo o que seus humanos de estimação fazem. Até arruma sua cama antes de dormir, esticando o cobertor enquanto minha mãe faz o mesmo na cama dela. E, sim, ele “cãoversa” com a gente! Do jeito dele, claro, ele nos guia até entendermos o que precisa. Ele também parece cuidar de cada membro da família, dando atenção especial quando algum de nós está triste. Era o único que conseguia arrancar sorrisos do meu pai quando a morfina não fazia mais efeito contra a dor, antes dele falecer.

 

Um bom negócio...

 

Ele chegou à nossa casa tossindo e debilitado por problemas respiratórios. No momento da compra, o proprietário da loja deu um desconto e alertou que talvez ele não chegasse à idade adulta, pois sofria de uma doença relacionada à raça. Meu pai já tinha sido “cãoquistado”. Lutamos por ele, e como valeu a pena!

 

Só que depois dele eu jamais teria coragem de comprar um cachorro, pois a realidade do comércio e do abandono de animais é inaceitável, e raças já não são importantes pra mim. Hoje moro no Rio de Janeiro e o Toy mora em Curitiba com a minha mãe. Sinto tanta saudade! Quero muito adotar um "cãopanheiro" assim que tiver a disponibilidade que ele merece! Até lá eu ajudo ONGs e abrigos que cuidam de animais abandonados sempre que consigo, retiro os lacres das garrafas antes de jogá-las no lixo para evitar que machuquem algum animal e agradeço a Deus sempre pelo Toy ser tão amado e bem-cuidado - como todos deveriam ser!

 
Quando estamos juntos nossos passeios são tão divertidos! Ele tem vários apelidos carinhosos, paródias de músicas, e assim "cãomo" no texto, desenvolvemos nossa própria linguagem "caninumana" (risos).
 

Cachorro não é brinquedo

 

Mantivemos o nome de registro “Toy York”, uma referência à sua data de nascimento: 12 de outubro - Dia das Crianças. Mas aprendemos que criar um cachorro não é só brincadeira! Requer cuidados, atenção e investimento financeiro. Além de manter as vacinas em dia, ele já passou por cirurgias para retirada de pedras nos rins, tratamento para o pâncreas, internações, usa remédio para problemas respiratórios e come ração especial. O piso do apartamento é limpo com pano úmido todo dia  para que ele não coma nada que caia no chão. Ele é guloso e rápido! É preciso passear com ele, pelo menos 2 vezes por dia, manter seu cantinho limpo, senão nem xixi ele faz. E se não for para cuidar bem assim é melhor nem ter bicho de estimação!  

 

Já são 12 anos dessa “cãovivência” maravilhosa e dói demais pensar que provavelmente não teremos mais tanto tempo juntos. De qualquer forma, a vida ganhou outro significado desde a sua chegada e o respeito à vida - seja de gente, de outros bichos ou de plantas - passou a ser essencial pra mim.

 

“No meu mundo ideal todo cachorro teria um lar e todo lar teria um cachorro!”

 

 

Fonte: Carola Giongo, Rio de Janeiro
 

 2 Comentários para esta notícia

  1. author

    Pequeno grande Toy!!!


 

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