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Envelhecimento saudável depende de políticas públicas

05-03-2020 20:19:39 (928 acessos)
Em reunião técnica realizada (20200304) entre deputados da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa com representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), foram definidas algumas prioridades para que a próxima década promova uma velhice saudável para a população do continente: ajustes nos sistemas de saúde e de seguridade social, reorganização do sistema de cuidados e o combate à discriminação por idade, o chamado “ageísmo”.

 


Para o chefe da Unidade de Curso de Vida Saudável da OPAS, geriatra Enrique García, a boa notícia é que “vencemos a morte”, aumentando a expectativa de vida. A má notícia é que esse prolongamento chega, muitas vezes, com doenças e dependência.

Já a representante da OPAS no Brasil, Socorro Gross, afirmou que a dinâmica de envelhecimento no País só é comparável à da China. Por isso, as políticas públicas devem reforçar o atendimento específico e contínuo aos idosos e o Brasil deve aumentar os recursos para a saúde.

“Cuidado dessas pessoas tem que ser o que nós chamamos prolongados. Algumas pessoas têm doenças crônicas, outras envelhecem sem doenças, mas sempre vão precisar de atenção mais prolongados”.

Fundada em 1902, a OPAS é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Atua como escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas.

Estratégia municipal


Representantes do Governo também foram convidados para relatar como andam as políticas públicas para os mais velhos com a mudança do perfil demográfico.

A secretária Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano, Ely Harasawa,

falou da Estratégia Brasileira Amigo da Pessoa Idosa, que estimula as cidades a

implantarem ações em áreas como direitos humanos, saúde, mobilidade e

acessibilidade. O programa já tem 943 municípios engajados e a secretaria,

subordinada ao Ministério da Cidadania, orienta os gestores públicos.

“Oferecemos informações técnicas, apoio, capacitação para que eles possam ir avançando, seja no diagnóstico, que é a primeira etapa; depois o plano de ação e a execução das ações”.

Parlamentares e representante da OPAS foram recebidos pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. No encontro, a agência das Nações Unidas colocou como prioridade a instituição de políticas de cuidados, por todos os países da região.

Políticas públicas


A deputada Leandre (PV-PR), que organizou a reunião, comemorou o interesse da Organização Pan-Americana de Saúde nas ações do Poder Executivo e do Legislativo brasileiros para avançar nas políticas públicas para idosos.

“Não adianta a gente ter mais anos de vida e as pessoas serem altamente dependentese se não tiver uma política que priorize o cuidado daquelas que precisam. É preciso fazer uma política transversal, olhando para o envelhecimento como um processo que acontece desde o nascimento da pessoa e vai perpassando por todo o ciclo da vida. Importante garantir que as pessoas possam envelhecer com qualidade de vida e com as capacidades funcionais em alta, com mais autonomia, com mais independência”, observou o deputado.

A parlamentar acrescentou que a conscientização da população mais jovem sobre a importância dos cuidados com a velhice é a melhor maneira de fazer com que o tema entre na agenda política do País.

 

 

Fonte: Agência Câmara, Cláudio Ferreira
 

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