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Protocolo garante segurança a 200 frigoríficos e trabalhadores, no Brasil

27-05-2020 12:33:41 (1150 acessos)
Protocolos claros para proteger funcionários, garantir segurança alimentar e o abastecimento da população, é o que pretende o Governo com a introdução de normas para funcionamento dos frigoríficos na incidência de contágio por vírus oportunistas como o corona. Porque funcionários ficaram contaminados, foram fechadas 13 dessas unidades de processamento mas já reabertas 11. Ainda estão em atenção uma em Santa Catarina e uma em Pernambuco. Por causa desses registros foi reforçada a fiscalização.

 


Tereza Cristina, ministra da Agricultura, esteve falando aos parlamentares na Câmara Federal. Disse que esse protocolo está em vias de ser introduzido; vai garantir a proteção do trabalhador e a manutenção da atividade econômica. Espera prevenir casos como os do fechamento de frigoríficos de aves e suínos no Rio Grande do Sul. Novas regras devem superar lacunas e evitar ações judiciais para resolver divergências entre normas municipais e estaduais.

Protocolo tem orientações do Ministério Público do Trabalho e dos ministérios da Agricultura, da Saúde e da Economia.

“Havia uma falta de coordenação entre municípios, estados e Governo Federal. Hoje conseguimos harmonizar e para isso sairá essa portaria que vai contemplar a maioria das ações que precisam ser feitas. Os frigoríficos trabalharam muito forte para dar segurança aos seus funcionários. Os EPIs (equipamentos de proteção individual) dos funcionários da grande maioria dos frigoríficos hoje são, às vezes, melhores do que os de alguns hospitais”. Palavras da Ministra da Agricultura.

Espaço de trabalho e etiquetas


“Vão desde etiqueta respiratória, reorganização do espaço de trabalho de forma a manter algum distanciamento com barreiras físicas, medidas de proteção individual e coletiva, formato de trabalho em turnos para se ter menos possibilidade de contato entre as pessoas”. Explicações são da coordenadora geral de saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, Karla Baêta.

As associações de frigoríficos já dispunham de um protocolo próprio em tempos de coronavírus. Mas o documento do Governo prevê cerca de 70 recomendações mínimas que deverão ser implantadas pelo setor empresarial. Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), citou a colaboração do Hospital Israelita Albert Einstein no protocolo e elogiou a definição de regras claras para interdição e reabertura de frigoríficos.

“Tudo foi sendo juntado, filtrado e arrumado, inclusive com a validação do (Hospital) Albert Einstein. Isto sem dúvida, é um subsídio para os próprios ministérios. Queremos direção única e, principalmente, regramento para a gente saber condições de fechamento e reabertura; e não por simples vontade de um prefeito”.

Segurança alimentar e futuro


Antônio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), afirmou que a pandemia dá um novo recado ao setor: a necessidade de “programar o futuro no sentido da segurança alimentar, saudabilidade e sustentabilidade”.

Deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira (PP-RJ), coordenador da comissão externa do coronavírus, defendeu os esforços pelo protocolo unificado para o funcionamento dos frigoríficos. “Acho que dá para se ter o apontamento claro de que o Brasil e as associações de frigoríficos têm a dimensão da responsabilidade da necessidade de protocolos claros que possam proteger os funcionários e também garantir o abastecimento da população brasileira”.

Presidentes das associações empresariais que compareceram

à audiência, afirmaram que, apesar da crise sanitária, o setor

cresceu economicamente nos quatro primeiros meses de 2020.

O Brasil é o maior exportador do mundo em carne

de aves e o quarto na exportação de suínos.

 

 

Fonte: Ministério da Agricultura e Agência Câmara
 

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