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Isolamento acelera catarata em diabéticos

04-08-2020 21:34:45 (707 acessos)
Isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus aumenta o stress, dificulta prática de exercícios físicos e a manutenção de dieta equilibrada. “Estas condições dificultam manter a média dos níveis glicêmicos" que permitem prevenir complicações inerentes à doença. Oftalmologista de Campinas, Leôncio Queiroz Neto, dá conselhos para evitar o agravamento da doença. Hoje só 30% dos 14,25 milhões de brasileiros diabéticos conseguem manter os níveis de glicemia balanceados.

 


A aceleração está relacionada à

dificuldade de controlar a glicemia. Só

3 em cada 10 conseguem ficar fora de risco.

 

No final de 2019, Sônia Maria Azevedo, de 54 anos de idade, recebeu o diagnóstico de catarata em uma consulta na rede pública de saúde. “Ainda dava para ir levando, mas logo depois veio a pandemia de coronavírus, a quarentena e em 4 meses minha visão estava tão ruim que já não podia ficar com meus netos, nem reconhecer as pessoas.  Comecei a ter dificuldade para fazer praticamente tudo”.

A paciente voltou ao hospital, mas foi informada que as consultas só estavam sendo marcadas para dezembro. Depois do primeiro atendimento entraria na fila da cirurgia sem previsão de quando seria operada. “Fiquei muito nervosa. Não dava para esperar.  Quando enxergamos não temos noção do quanto precisamos de nossos olhos”, diz emocionada.

A cirurgia

Sônia foi operada pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier. “Ela já estava cega do olho direito. Só enxergava luz direcionada acima ou abaixo da linha dos olhos. Geralmente quando retiramos a catarata e implantamos uma lente no lugar do cristalino, quem é míope deixa de usar óculos. O astigmatismo também pode ser eliminado e até os óculos de leitura com implante de lente multifocal.  No caso da paciente, a cirurgia recuperou a visão com uma lente monofocal”.

Oftalmologista conta que a cirurgia foi complexa porque o cristalino de Sônia estava completamente opaco e não tinha como examinar o fundo do olho antes da operação. “É por isso que sempre alertamos para não deixar a catarata ficar muito madura. O mais gratificante é o resultado que conseguimos. No outro olho a visão é de 10% e operaremos quando ela decidir”.

Prevenção

Queiroz Neto afirma que o isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus aumenta o stress além de dificultar a prática de exercícios físicos e a manutenção de uma dieta equilibrada. “Estas condições dificultam manter a média dos níveis glicêmicos entre 100 a 125 mg/dL, fundamental na prevenção das complicações inerentes à doença: catarata precoce, retinopatia diabética, doenças cardiovasculares, insuficiência renal e o pé diabético.

Hoje o diabetes atinge 14,25 milhões de brasileiros e desses só 30% conseguem manter os níveis glicêmicos balanceados segundo o último levantamento da IDF (International Diabetes Federation).   Significa que nunca foi tão importante manter o acompanhamento médico em dia.

Retinopatia

O especialista afirma que quanto maior o tempo convivendo com o diabetes, até pessoas com glicemia bem controlada por medicamentos e dieta balanceada correm risco de contrair retinopatia.  Por isso, quem tem diagnóstico da doença deve fazer exame oftalmológico anualmente. 

Na consulta, o especialista percebe se o diabetes está causando alguma alteração na retina, antes dos primeiros sintomas, pelo exame de fundo de olho. “O tratamento pode ser feito com aplicação de laser, medicamento dentro do olho e em alguns casos pela associação dessas duas terapias. Evita a perda irreparável da visão em 90% dos pacientes”.

Olho seco

Queiroz Neto afirma que o diabetes também provoca o maior

ressecamento da lágrima, que tem a função de proteger a

superfície dos olhos.  Os sintomas são vermelhidão, ardência,

visão embaçada, coceira e maior sensibilidade à luz. A síndrome

é  mais frequente   nos períodos de seca. O tratamento padrão

para olho seco,  é o uso de colírio lubrificante. Mas não vale usar

qualquer um porque as fórmulas variam para agir em uma

ou mais camadas da lágrima: aquosa, proteica e lipídica.

A sugestão do médico é procurar beber bastante água e incluir na alimentação fontes de ômega 3 encontrado na sardinha, bacalhau, salmão e semente de linhaça. Aplicações de luz pulsada que estimulam a produção da camada lipídica e por isso diminuem a evaporação da lágrima, são a última palavra para eliminar o desconforto

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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