Óbitos em decorrência de acidentes de

trânsito nas rodovias federais do Brasil

Médicos do tráfego reuniram os acidentes em grupos de motivação das ocorrências.

Pesquisa reúne informações apenas de acidentes nas estradas e rodovias sob supervisão policial. Não foram contabilizados, portanto, transtornos em colisões que aconteceram em pistas, ruas e avenidas dos centros urbanos. Para a Associação, o cenário poderia ser até pior, “pois um número importante de colisões não entra nas estatísticas”.

Dizem os técnicos da ABRAMET que a falta de atenção ao volante pode ser consequência de situações clínicas como fadiga, stress, cansaço, déficit de atenção ou comprometimento do raciocínio. Respondem por 215.401 dos acidentes catalogados, ou seja, 76% do total registrado no período. São registros que podem estar relacionados à saúde do motorista. Apenas essa categoria responde por 182.288 (74%) feridos e 9.047 (62%) mortes.

Na sequência, vem a ingestão de bebida alcoólica. Entre 2014 e julho de 2020, foram registrados 40.268 acidentes nas rodovias onde esse fator foi considerado uma das causas. Do volume de colisões, houve 36.999 vítimas com ferimentos leves ou graves e 2.679 óbitos.

Sono é a terceira condição de saúde que mais aparece no levantamento. Quando insuficiente, é causa frequente e muito importante da sonolência diurna, capaz de causar acidentes graves. Este fator motivou, 22.683 acidentes nas rodovias, causou 2.092 mortes e deixou 22.645 feridos, entre 2014 e julho de 2020.

Mal súbito, a perda de consciência devida mais frequentemente a doenças cardiológicas (infarto, arritmias) e neurológicas (AVC, convulsões), foi responsável por 2.702 acidentes. Deficiência visual ou visão reduzida, deram causa a 2.205 ocorrências e o efeito de entorpecentes sobre o condutor, 292 casos. Juntos, respondem por 773 mortes no trânsito e o encaminhamento de 5.543 vítimas de colisões para atendimento médico.