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Operador Nacional diz que não haverá apagão, apesar da crise hídrica

16-06-2021 12:14:09 (799 acessos)
Apesar da crise hídrica, o Brasil não vai sofrer interrupção no abastecimento de energia. Esta certeza foi deixada na Câmara Federal, pelos diretores da diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Há preocupação com o esgotamento dos reservatórios de todas as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, qu8e atendem 70% da capacidade de armazenamento no País. Hoje (210616) o nível encontra-se com 30,8% da reserva total.

 


De acordo com o ONS, os reservatórios de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade de armazenamento do País, passam pela pior seca desde que os indicadores começaram a ser medidos, em 1931. Hoje, o nível de armazenamento é de 30,8%. Em algumas usinas, como Itumbiara e Água Vermelha, está em torno dos 10% (veja no gráfico).

“Com essas ações, a gente garante que chega ao final do ano com energia e potência necessárias para o consumo da sociedade”, disse o diretor geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi. Na avaliação da entidade, com as medidas anunciadas os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste chegarão em novembro, quando começa a estação chuvosa, com 10,3% da sua capacidade. Sem as medidas, chegaria a 7,5%.

Conta de luz


O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, reconheceu a gravidade da crise hídrica, mas disse que a situação do Brasil hoje é melhor do que em 2001, quando houve o racionamento. Segundo ele, fatores como a expansão das linhas de transmissão e inclusão das fontes renováveis na matriz elétrica (como solar e eólica) deixaram o País mais preparado para o momento. “Nós temos uma segurança energética hoje muito mais robusta do que havia há 20 anos”, afirmou.

Pepitone disse ainda aos deputados que o acionamento das termelétricas vai elevar a conta de luz dos brasileiros. O custo adicional do despacho destas usinas é estimado em quase R$ 9 bilhões entre janeiro e novembro, valores que serão repassados para os consumidores em 2022.

Também convidado à audiência pública, o coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilvan Sampaio, disse que a cada ano a estação seca tem começado mais cedo e se prolongado mais em todo o País. “Isso é recorrente nos últimos 20 anos”, afirmou.

Participação do Governo


Durante a audiência pública, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) disse ser contra a ideia do governo, divulgada na imprensa, de criar uma nova instância para coordenar o plano de ação contra o racionamento de energia elétrica. “Ao invés de instituir novas formas de gestão, é melhor fortalecer as atuais instâncias”, disse Jardim.

O deputado Danilo Forte cobrou a maior participação do governo na discussão de medidas estruturantes para o setor elétrico, como a liberalização do mercado e geração distribuída. Ele foi apoiado pelo presidente da comissão, Edio Lopes (PL-RR). “Nós carecemos de uma posição mais firme do governo”, disse Lopes.

Já o deputado Christino Áureo destacou a importância da diversificação da matriz energética brasileira nos últimos anos, mas disse que o País não pode abrir mão das fontes fósseis. “Não podemos demonizar o uso de fontes fósseis, especialmente das térmicas. Elas nos darão um suporte muito grande nessa travessia”, afirmou.

Na Câmara Federal

Responsáveis pelo abastecimento de energia, participaram de audiência pública na Comissão de Minas e Energia. Deputados Christino Áureo (PP-RJ) e Danilo Forte (PSDB-CE) queriam mostrar ao País, a real situação da crise hídrica.

Os deputados Padre João (PT-MG) e Elias Vaz (PSB-GO) se posicionaram contra aumento de conta de luz. “Se tem uma coisa que a gente não pode é aumentar ainda mais a carga sobre o setor produtivo e os trabalhadores, que estão em uma situação difícil hoje”, disse Vaz.

 

 

Fonte: Agência Câmara - Janary Junior e Roberto Seabra
 

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