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Outono aumenta risco de conjuntivite viral. Médico ensina como prevenir.

07-04-2022 16:39:15 (1056 acessos)
A baixa umidade, proliferação de vírus no ar e maior incidência de doenças respiratórias com a chegada do outono aumentam o risco de conjuntivite viral e alérgica.  Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier de Campinas (SP), "nossos olhos estão conectados ao nariz pelo canal lacrimal e é por isso que as doenças respiratórias influem na saúde ocular. Isso explica porque é comum ficarmos com os olhos vermelhos quando estamos resfriados ou gripados.” 

 


Ar seco, proliferação de vírus e doenças

respiratórias são os gatilhos. Máscara e

higienização das mãos com álcool podem proteger.

O especialista esclarece que a baixa umidade do ar reduz as defesas do organismo e resseca todas as mucosas, inclusive a lágrima que tem a função de proteger a superfície dos olhos. “A falta de lágrima, somada às alterações ambientais facilitam o aparecimento da conjuntivite alérgica e da viral.  Nos dois tipos ocorre a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, parte branca do olho, e a face interna da das pálpebras” afirma.

Ele ressalta que em pessoas contaminadas pela covid o perigo do olho seco e conjuntivite é maior. Por isso, em caso de desconforto nos olhos acompanhado por muito cansaço, dor no corpo e febre recomenta fazer os testes de covid para evitar maiores riscos à saúde, especialmente entre os que já passaram dos 60 anos.

 

Conjuntivite alérgica

“Pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento e fotofobia (aversão à luz) são sintomas em comum de todo tipo de conjuntivite”, ressalta o oftalmologista. “É a secreção que diferencia uma da outra, sendo aquosa na alérgica e transparente e viscosa na viral”, pontua.

 “A conjuntivite alérgica nesta época do ano é causada principalmente pelo aumento da poluição no ar e é mais comum em quem sofre algum tipo de alergia. Isso porque, estudos mostram que 6 em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos”, salienta. Ao contrário da viral não é contagiosa, mas pode causar lesões na córnea e diminuir permanentemente a visão, alerta.

O tratamento dos casos leves é feito com colírio anti-histamínico. O médico ressalta que o uso de antialérgico oral, para tratar alergias sistêmicas simultâneas à conjuntivite, resseca a lágrima e por isso dificulta a recuperação dos olhos.

Quem já tem ceratocone, doença degenerativa que faz a córnea tomar o formato de um cone e tem como principal fator de risco coçar os olhos, deve utilizar os colírios já prescritos pelo oftalmologista e em caso de crise alérgica durante o outono passar por consulta. “Quadros mais intensos de conjuntivite alérgica são tratados com colírios que contém corticoide. O medicamento só pode ser usado com supervisão médica”, salienta. Isso porque, deve ser feita a regressão correta para não causar efeito rebote. Usar por um tempo prolongado pode causar glaucoma e catarata.

As dicas do oftalmologista para prevenir processos alérgicos são:

·Mantenha os ambientes arejados e livres de pó.

·Evite levar as mão com substâncias químicas aos olhos

·Não faça caminhada ou outros exercícios em locais muito polidos.

·Beba bastante água.

·Não use lápis na borda interna das pálpebras para não alterar o PH da lágrima.

 

Conjuntivite Viral

Queiroz Neto afirma que a conjuntivite viral é altamente contagiosa, pode surgir em qualquer idade e tem como principal veículo de transmissão levar as mãos contaminadas aos olhos. Os grupos de maior risco são:

· Mulheres na pós-menopausa devido à menor produção da lágrima com a queda dos estrogênios.

· Crianças, porque estão com o campo imunológico em desenvolvimento

· Idosos, por terem o sistema imunológico mais frágil.

Nas empresas e escolas, alerta, a transmissão ocorre pelo compartilhamento de teclados de computador ou mouse e pelo contato com  interruptores de luz e corrimão de escadas. O especialista também chama a atenção para os carrinhos de supermercado e balcões do varejo.  O tratamento inicial é feito com compressas frias e lubrificação intensa. Nos casos graves, colírios anti-inflamatórios que contêm corticoide são os mais indicados. “A venda desta classe de colírios é livre, mas nunca devem ser usados sem prescrição e acompanhamento médico para evitar complicações maiores como a catarata e o glaucoma, reitera.

Uma dica do especialista é usar óculos escuros que além de melhorar o conforto em ambientes claros, evita a proliferação de vírus intensificada pela exposição à radiação ultravioleta.

Um erro comum cometido por muitas pessoas, afirma, é usar água boricada que aumenta a irritação e pode causar alergia. Como toda doença viral, ressalta, a conjuntivite tem seus sintomas controlados pelos medicamentos, mas o vírus pode criar resistência. Por isso, há casos em que se formam membranas na conjuntiva que exigem tratamento com corticoide e até aplicação de laser para remover opacidades que reduzem a acuidade visual.

Aqui as dficas como prevenir:

·Lave as mãos com frequência ou higienize com álcool.

·Pratique exercícios moderados e constantes.

·Mantenha os olhos bem hidratados.

·Caso pegue um resfriado ou gripe mantenha o uso da máscara

·Evite aglomerações em locais fechados.

·Não pule refeições.

·Durma de 6 a 8 horas/dia.

·Tome a vacina para gripe em abril, especialmente se pulou alguma doses da vacina de covid.

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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