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INSS tem desafio de 51 milhões para revisar aposentadorias

INSS tem desafio de 51 milhões para revisar aposentadorias
[foto] - INSS terá de dar "efetividade" à revisão das aposentadorias

03-03-2023 11:26:23
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Desafio gigante de analisar 51 milhões de aposentados e outros beneficiários, é a tarefa que tem o Instituto Nacional de Seguro Social, o INSS, para cumprir o que pede o Judiciário do Brasil para revisar "a vida toda" dos segurados. Além de atender demandas urgentes que são os 5 milhões de requerimentos de anos mais recentes, o trabalho será recalcular todos os benefícios. E agora a morosidade em decidir, do Instituto, se depara com a ordem para responder em 10 dias.

 


Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o INSS apresente, em 10 dias, um plano para realizar a chamada revisão da vida toda em aposentadorias. O prazo começou a contar na sexta-feira, 3 de março de 2023.

A revisão da vida toda foi autorizada em dezembro, quando o Supremo reconheceu o direito de recalcular benefícios de aposentados, encerrando décadas de disputas judiciais.

Pela decisão, a revisão pode ser solicitada por aposentados e pensionistas que começaram a contribuir para o INSS antes de julho de 1994, mês de criação do Plano Real, e que se aposentaram entre 1999 – quando o governo alterou as regras de cálculo dos benefícios após fazer uma reforma da Previdência –, e a reforma da Previdência de 2019.

O INSS, contudo, pediu ao Supremo para suspender o andamento dos processos judiciais sobre o assunto, pois não teria, atualmente, possibilidades técnicas de recalcular as aposentadorias com base na nova regra. A autarquia estimou que o procedimento deve envolver 51 milhões de benefícios ativos e inativos.

Uma das dificuldades apresentadas foi que os sistemas atuais do Dataprev não preveem o cálculo considerando salários anteriores a julho de 1994, sendo necessárias mudanças tecnológicas que viabilizem o procedimento. Isso num momento em que a fila atual de beneficiários à espera de cálculos previdenciários chega a 5 milhões de pessoas, frisou o órgão.

Moraes reconheceu as dificuldades técnicas, mas afirmou que a decisão do STF não pode ficar sem resultado prático. “De fato, milhões de beneficiários da Previdência Social aguardam há anos por uma resposta do Poder Judiciário, em matéria relacionada a direitos fundamentais básicos, ligados à própria subsistência e à dignidade da pessoa humana”, escreveu ele na decisão.

O ministro acrescentou que “é preciso que a autarquia previdenciária requerente informe de que modo e em que prazos se propõe a dar efetividade ao entendimento definido” pelo STF. Somente após receber e analisar o plano é que decidirá sobre o pedido de suspensão dos processos, afirmou Moraes, que é o relator do recurso em que o tema foi julgado.

 

 

Fonte: Agência Brasil
 

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