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HTLV passa ter comunicação obrigatória ao sistema de saúde

HTLV passa ter comunicação obrigatória ao sistema de saúde
[foto] - Gestantes, parturientes, puérperas sofrem com a doença que enfraquece o organismo

19-02-2024 21:15:17
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Profissionais de saúde de serviços público e privado devem comunicar obrigatoriamente, quando se depararem com gestantes, parturientes, puérperas e crianças acometidas por Infecções pelo vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV). Exigência é do Ministério da Saúde, que pretende conhecer a realidade sobre a extensão da doença e deste modo planejar a quantidade de insumos necessários, além de qualificar a rede de atenção para atendimento dessa população.

 


Ministério tem como meta eliminar a transmissão vertical do HTLV até 2030, objetivo alinhado às diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Com a lista nacional de notificação compulsória das Infecções pelo vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV), terá acesso a agravos e eventos de saúde pública que permitem estimar o número de pessoas com o vírus.

O Ministério poderá definir entre entes federal, estaduais e municipais, o rastreamento universal de gestantes e testes confirmatórios, conforme aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em 2024.

“Além disso, serão realizadas as definições dos casos e instrumentos para notificação; a qualificação das equipes de vigilância epidemiológica municipais e estaduais; o estabelecimento do fluxo de notificação; e o monitoramento dos casos.”

Vírus enfraquece organismo

Da mesma família do HIV, o HTLV foi descoberto na década de 1980. Esse vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico e possui a capacidade de fazer com que percam a função de defender o organismo.

A infecção está associada a doenças inflamatórias crônicas como leucemia, linfoma de células T do adulto (ATLL) e mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM). Outras manifestações como a dermatite infecciosa, uveíte, síndrome de sicca, ceratite intersticial, síndrome de Sjögren, tireoidite de Hashimoto, miosite e artrite, embora de menor gravidade, também são associadas ao vírus.

O tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. O paciente deve ser acompanhado nos serviços de saúde e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao vírus.

Doença afeta mais de 800 mil

A estimativa do governo federal é que mais de 800 mil pessoas estejam infectadas pelo HTLV no Brasil. O vírus pode ser transmitido durante relações sexuais sem o uso de preservativo e pelo compartilhamento de seringas e agulhas.

O HTLV também pode ser transmitido verticalmente, de mãe para filho, sobretudo via amamentação e, de forma mais rara, durante a gestação e no momento do parto.

 

 

Fonte: Ministério da Saúde e Agência Brasil
 

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