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Trabalhador em sofrimento psicológico será protegido

Trabalhador em sofrimento psicológico será protegido
[foto] - Sofrimento psicológico prejudica rendimento no trabalho

24-04-2025 17:47:15
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Projeto de Lei 3324/24 permite que o empregado possa pedir a rescisão do contrato e receber indenização, caso esteja passando por condições no trabalho que causem sofrimento psicológico, além do que pode suportar. Sofrimento precisa ser comprovado por laudo médico, exceto nos casos de pessoa com deficiência. Norma Regulamentadora -1 vai exigir gerenciamento de riscos psicossociais e investimentos em suporte emocional. A medida impacta setores que atuam com atendimento e possuem equipes comerciai

 


A lei atual permite que o trabalhador peça demissão por justa causa em várias situações, incluindo a exigência de serviços superiores à sua força e condições de saúde.

A Câmara dos Deputados a analisa a proposta. Apresentado pelo deputado Jonas Donizette (PSB-SP), o texto atualiza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Parlamentar entende que a lei precisa ser mais específica quanto às condições de sofrimento psicológico, “cada vez mais prevalentes no ambiente de trabalho”.

“O sofrimento psicológico excessivo pode ser tão prejudicial à saúde do trabalhador quanto as condições físicas adversas. Transtornos mentais e emocionais, como depressão e ansiedade ou mesmo o Burnout, estão entre as principais causas de afastamento do trabalho, o que reforça a necessidade de proteção legal específica,” defende o autor do projeto.

A proposta também está de acordo com a legislação de proteção da pessoa com deficiência, especialmente o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Projeto reforça essa proteção, garantindo que os empregadores adotem práticas para prevenir sofrimento psicológico excessivo, adaptando o ambiente de trabalho para essas pessoas.

Tramitação


O projeto será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Saúde; de Trabalho; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

 

Perto de entrar em vigor, NR-1 exige maior

cuidado da saúde mental de profissionais

 

Medidas impactam, diretamente,

setores que atuam com

atendimento e equipes comerciais

 

As empresas brasileiras têm de começar a se preparar para tratar a saúde mental de seus colaboradores como prioridade. Isso porque, em maio, entrará em vigor a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). Ela vai exigir o gerenciamento de riscos psicossociais e investimentos em suporte emocional. A medida impacta, diretamente, os setores que atuam com atendimento e possuem equipes comerciais.

A regra em questão foi atualizada pelo Governo Federal em 2024. Conforme a palestrante e mentora do setor de negócios Priscilia Queiroz, o novo texto obriga as organizações a administrarem tudo que gera algum perigo para o aspecto psicológico dos colaboradores. Justamente por isso, será necessário focar em suporte emocional e treinamentos que evitem problemas, como estresse e burnout.

Priscilia Queiroz admite que as adequações pelas quais as organizações vão passar devem forçá-las a investir. No entanto, a mentora acredita que os esforços vão gerar bons resultados.

"Com certeza, haverá mais profissionais engajados e produtivos, o que melhora a performance em vendas e atendimento, já que estarão mais conectados aos clientes, que ficarão cada vez mais satisfeitos. Além disso, as ações tendem a fortalecer a retenção de talentos", afirma, frisando ser favorável à nova norma.

Ambiente saudável favorece produtividade

Vale salientar que adequar-se à NR-1 não é apenas uma obrigação legal, mas uma estratégia inteligente para aumentar a produtividade, reduzir turnover e melhorar o desempenho comercial. "Equipes que trabalham em um ambiente saudável vendem mais, se relacionam melhor com os clientes e geram mais receita para a empresa", ressalta.

Priscila salienta que, em especial, as mulheres serão beneficiadas com a adoção da NR-1. "A legislação torna o local mais seguro ao exigir a prevenção de riscos, como assédio e sobrecarga. As empresas terão de criar espaços de apoio, promover a equidade e capacitar líderes para uma gestão mais humanizada. Tudo isso contribui para o bem-estar emocional e melhor qualidade de vida no trabalho."

Apontando todos estes benefícios, Priscilia assegura que o não cumprimento do texto vai gerar uma série de problemas. "Não aderir às mudanças vai culminar em vendedores esgotados, atendentes sobrecarregados e alta rotatividade, fator que enfraquece os resultados. Sem suporte emocional, a equipe trabalha no automático, perde criatividade e desempenho. Locais que não cuidam da saúde emocional criam um ciclo de desgaste."

Vale destacar que existem multas para o descumprimento da NR-1.

 

 

 

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