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Educação digital será lei e estará nos currículos das escolas em 2026

Educação digital será lei e estará nos currículos das escolas em 2026
[foto] - Uso construtivo da internet ganha lei e será parte dos currículos das escolas. Foto Agência Brasília, Lúcio Bernardo Junior

31-05-2025 21:14:28
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"Formar o cidadão crítico para este novo mundo que nós estamos vivendo." Essa é a proposta do novo plano nacional de educação (PNE) que está em discussão no Brasil e deverá ser transformado em lei. Especialistas trataram do tema em Brasília, colocando ideias para que seja estimulado o uso crítico, "reflexivo e ético das tecnologias da informação e da comunicação," mediante apoio da educação digital. Ministério da Educação garantiu que em 2026 a educação digital será parte dos currículos.

 


A garantia de uma abordagem crítica da educação digital foi a principal defesa dos participantes de uma audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o novo Plano Nacional de Educação 2024-2034 (PNE).

 

Especialistas chamaram a atenção para o uso que se faz hoje das tecnologias, principalmente das redes sociais e das plataformas de mensagens. De acordo com eles, muitas vezes os usuários não sabem o que está por trás delas nem sabem lidar com a desinformação. E os mais pobres, principalmente, não têm como checar em sites confiáveis a veracidade de notícias que recebem pelo celular, porque o pacote de dados só dá acesso a redes sociais e serviços de mensagens.

“Não basta ensinar o aluno a usar o ChatGPT, o Instagram. Ele precisa entender o que está por trás disso, o que é essa tecnologia generativa, qual é o modelo de negócios das plataformas, das redes sociais.” É o que disseIsrael Batista, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE). “Isso é formar o cidadão crítico para este novo mundo que nós estamos vivendo.”

 

Encontro (250527) analisou conectividade, educação para as tecnologias e cidadania digital. Projeto de lei do novo plano (PL 2614/24) é justamente promover a educação digital para o uso crítico, reflexivo e ético das tecnologias da informação e da comunicação. Conduziu o debate, o relator do PNE, deputado Moses Rodrigues (União-CE).

Rodrigo Nejm, especialista em educação digital, do Instituto Alana, alertou para os riscos de escolher as plataformas para uso em educação com base na gratuidade de modelos amplamente difundidos. entende que o modelo de negócio baseado na venda de publicidade, não pode ser referência para a educação brasileira; defendeu padrões abertos e livres para uso em sala de aula.

Veja o que recomendou: “É preciso sair desse absurdo de que escolas e redes de ensino, inclusive as públicas, têm se adaptado ao modelo de negócios de exploração comercial das plataformas, em vez de as tecnologias se modelarem a partir das demandas pedagógicas.”

A fundadora do Instituto Educadigital, Priscila Gonsales, sugeriu a adoção da conectividade significativa, que supera o aspecto puramente técnico para incluir qualidade e finalidades educativas. “A mera disponibilidade de infraestrutura não garante a educação digital crítica e a conectividade significativa.”

Tecnologia como ferramenta

Anita Gea Stefani, diretora de Apoio à Gestão Educacional do Ministério da Educação, disse que o objetivo 7 é mais um passo para consolidar a agenda que tem avançado, com apoio parlamentar inclusive, mas que pode evoluir ainda mais com maior foco, mais recursos e atores envolvidos.

“O que a gente quer é utilizar a tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico para professores e alunos, para incentivar o desenvolvimento deles, e fortalecer as habilidades de tecnologia que hoje são cobradas no mercado de trabalho”, explicou a diretora. “As escolas públicas têm que dar conta de abordar nos seus currículos.” Assim falou a diretora do MEC.

Conectividade à internet

Na parte de infraestrutura, a meta é assegurar a conectividade à internet de alta velocidade para uso pedagógico em 50% das escolas públicas da educação básica até o quinto ano de vigência do novo PNE e em todas as escolas até o fim do período total.

No que diz respeito ao aspecto mais pedagógico da educação digital, a meta é assegurar o nível adequado de aprendizagem em educação digital para 60% dos estudantes da educação básica até o fim da vigência do PNE.

O diretor de Direitos na Rede e Educação Midiática da Secretaria de

Comunicação Social do Governo Federal, Davi Almansa, adiantou

que, a partir de 2026, os livros didáticos trarão educação digital

e midiática, e as escolas deverão ter o conteúdo no currículo.

 

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias
 

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