
"De lá para cá, o ritmo de desmatamento foi diferente em cada uma das quatro décadas até 2024. Depois da promulgação da Leia da Mata Atlântica é possível notar, inclusive, um ligeiro aumento na área florestada do bioma." Explicação é da pesquisadora Natália Crusco.
Recomenda o estudo que se executem políticas de conservação e recuperação da vegetação nativa. Entre 1985 e 2024, o bioma perdeu 2,4 milhões de hectares de florestas e por esse número é possível avaliar o tamanho do trabaho a ser feito.
Apesar da desaceleração do desmatamento, os últimos 5 anos registraram uma média de 190 mil hectares desmatados por ano. Cerca da metade do desmatamento em 2024, ainda acontece em florestas maduras (com mais de 40 anos), que carregam grande parte da biodiversidade, estoque de carbono e são as principais responsáveis pelos serviços ecossistêmicos da floresta.
Agricultura principal atividade
A agricultura segue como principal força de transformação da paisagem. O cultivo agrícola quase dobrou de área desde 1985 e hoje ocupa um terço (33%) da produção nacional dentro do bioma. Soja (343%), cana-de-açúcar (256%) e café (105%) estão entre as lavouras que mais cresceram, enquanto as pastagens perderam 8,5 milhões de hectares no período.
A silvicultura também ganhou espaço: a área destinada ao cultivo comercial de árvores quintuplicou em 40 anos e já representa mais da metade de toda a atividade no país.
Além do avanço agrícola, o crescimento urbano na Mata Atlântica duplicou desde 1985, com 3 em cada 4 municípios (77%) expandindo a área urbanizada.
Mais de 80% dos municípios da Mata Atlântica, no entanto, têm áreas urbanizadas pequenas, com menos de mil hectares. Só 3 capitais têm mais de 30 mil hectares: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Fonte: MapBiomas e Agência Brfasil
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