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Associação Diz Que 45% Dos Magistrados Usam Antidepressivos


22-11-2012 11:37:46
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Com o acúmulo de responsabilidades e trabalho superior à capacidade física, pelo menos 45% dos magistrados do Brasil usam antidepressivos.

 


Número foi comentado pelos dirigentes de associações dos juizes federais durante os dias de paralização, que fizeram justamente para esclarecer a população brasileira sobre os problemas que os profissionais atravessam na atualidade.

Há nada menos que 90 milhões de processos em andamento em todas as instâncias do Judiciário. É um volume que está muito acima da capacidade numérica dos magistrados, para solucionar. Enquanto os juizes denunciam e mas não conseguem melhorias, o único meio encontrado para evitar a pressão constante para resolver a prestação jurisdicional requerida pelos cidadãos, é ir às ruas protestar.

Magistrados se mostraram indignados com o tratamento dado pélos Governos de Inácio Lula e Dilma Rousseff, à classe. Mostraram a defasagem dis ganhos que chamam de "corrosão salarial". Encerrado ontem (121108) a greve dos magistrados brasileiros, deixou a idéia de que se não houver medidas saneadoras, haverá medidas muito piores do que ficar parados 2 dias.

Juizes Federais e Do Trabalho Fazem Paralização De 2 Dias

Magistrados da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho paralisam as atividades por 2 dias. Movimento começa quarta (121107) e termina quinta-feira.

Greve é para protestar contra a "desvalorização das carreiras". A orientação dos manifestantes é que os juízes compareçam aos fóruns, mas que não haja atendimento. Serão analisados casos considerados de urgência, como audiências que envolvem réus privados de liberdade.

Nino Oliveira Toldo, o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), disse que as carreiras acumulam perdas de 28,86% na remuneração desde 2005, quando foi implantado o subsídio em parcela única. “É preocupante. O juiz, se não pode exercer outra profissão exceto a de professor, passa a ter dificuldade no cumprimento de suas missões”.

Afirmou ainda que outro problema envolve a extinção do adicional por tempo de serviço, já que juízes com muitos anos de carreira, atualmente, têm os mesmos vencimentos de um iniciante. “Tenho 21 anos de magistratura e recebo o mesmo que um juiz com três ou quatro anos. Não se vê mais o sentido de carreira e isso tem incomodado muito os magistrados.”

Sobre a decisão de não participar da Semana Nacional de Conciliação, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Nino garantiu que o protesto não é contra o processo de conciliação em si. “Isso já é uma realidade como sistema de solução de conflitos. Queremos é chamar a atenção para um problema dentro da magistratura.” O evento começa amanhã e segue até o dia 14 de novembro.

Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Renato Henry Sant^Anna, a paralisação é um apelo por parte dos juízes. Dados do órgão indicam que quase 50% deles têm algum tipo de dívida derivada de empréstimos de crédito consignado.

“Nos preocupa e provoca tristeza, mas não há trabalhador que possa conviver com uma perda salarial de 30%. Somos trabalhadores e vivemos dos nossos salários. Precisamos ter respostas para os nossos pleitos salariais. Não estamos pedindo nada excepcional.”

De acordo com Sant^Anna, a expectativa de ambas as carreiras é que a paralisação não leve a um impasse constitucional e que haja bom senso no diálogo com os três Poderes. “O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido conservador na apreciação dos pleitos da magistratura. Isso nos incomoda. Não temos a quem recorrer. E há uma inação do Congresso Nacional em resolver o problema”.

 

 

Fonte: AJUFE e Agência Brasil
 

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