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Abusos sexuais de idosos ainda são tabu, mas devem ser denunciados

23-06-2019 11:51:23 (1993 acessos)
Estupros e outros abusos sexuais de pessoas idosas são uma realidade raramente exposta. É a denúncia de Rosa Kornfeld-Matte, especialista que colabora com a ONU na proteção dos direitos de pessoas idosas. Num documento oficial, pediu para todos estarem “mais atentos e relatarem possíveis casos”. Problema ainda invisível e tabu, tende a crescer dramaticamente por conta do envelhecimento de sociedades. Sem dados estatísticos, não há como estimar a dimensão do mal.

 


Kornfeld-Matte explicou que um dos

desafios envolvendo abuso sexual é

a perpetuação do mito de que é realizado

principalmente por estranhos.

“Infelizmente, a maior parte dos abusadores é formada por membros da família, parentes ou outras pessoas íntimas tipicamente em posições de cuidadores”.

A especialista destacou que “estereótipos negativos, segundo os quais pessoas idosas não são seres sexuais e a maior dependência dos outros (…) são barreiras para denunciar, detectar e prevenir agressões sexuais em casas de repouso”.

Apesar das severas consequências à saúde, esforços para prevenir e responder aos abusos continuam inadequados. Por exemplo, explicou a especialista, “evidências forenses e outras evidências criminais podem ser perdidas pela compaixão errônea ou vergonha de outras pessoas que desejam deixar a pessoa idosa confortável, em vez de chamar a polícia”.

Para responder a isto, a colabora das

Nações Unidas, pediu para todos

aumentarem a vigilância, destacando

que o comportamento de uma pessoa

idosa, mesmo que tenha confusões ou

demência, irá sinalizar quando algo está errado.

“Consciência e atenção são essenciais. Não só parentes e pessoas íntimas, mas também funcionários de hospitais e casas de repouso devem estar cientes da existência de abusos sexuais e da função como cuidadores de relatar possíveis ou supostas agressões sexuais”.

Kornfeld-Matte pediu mais educação, treinamentos, dados e pesquisas para responder às lacunas de conhecimento em torno da incidência, de denúncias e das investigações, para prevenir e responder aos problemas de forma melhor.

 

 

 

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