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Empreendedores superfaturam imóveis e amargam paralisia

Empreendedores superfaturam imóveis e amargam paralisia

10-08-2023 20:56:42
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Empreendedores de imóveis estão há muito superfaturando o valor do metro quadrado em lugares onde a economia não admite. Curitiba é um desses ambientes do Brasil, onde os construtores chegam a pedir muito acima de R$ 10 mil pelo metro quadrado construído. Isso acontece nos bairros Cabral, Juvevê e Ahú, onde os aventureiros estão amargando paralisia. Edifícios de poucos andares, condomínios também inflacionam cobrando alto sem quase nada oferecer.

 


Sem olhar para as tendências da economia que é ditada pela oferta e procura, os investidores correm atrás dos prejuízos ou suportam anos com as propriedades fechadas. Compradores são conhecedores da realidade, agravada pelos altos juros praticados pelos financiadores, entre os quais o banco público Caixa Econômica Federal. Por isso vem crescendo o desfazimento de negócios. Compras feitas no calor do momento, acabam se tornando em problemas financeiros, impagáveis. 

Para desespero dos 630 mil corretores que bolam estratégias para negociar, em Vitória, no Estado do Espírito Santo, a loucura do irreal quer vender o metro quadrado de área construída por R$ 10.500,00; a custo tentam justificar aumento de 24%. Só para se ter ideia do despropósito, em São Paulo o maior valor está perto de R$ 10.200,00. E ainda mais: no Rio de Janeiro não chega a R$ 9.900,00 o metro quadrado. 

Velho costume de manipular estatísticas para benefício de outrem, livre nesse ambiente brasileiro da construção. Altos preços subvertem os índices oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que pesquisa a inflação imobiliária. Em 2022 esse índice apontou 6,16%.

Em média, antes desse arrojo, a demora de uma venda chegava a 15 meses., em 2023 esse tem,po já vai para até 5 anos. 

Em 2021, havia em torno de 145 mil imóveis para vender no País. Apesar de fantasiosos números vendendo otimismo, em 2022, ainda eram 144 mil à venda. 

Quem precisa de verdade, passou a usar o aluguel na esperança de novos tempos. E a gangora ou vende ou apodrece no tempo, passa ser determinante, além de novos ares na economia. Uma das esperanças é a baixa dos juros e que os empreendedores caiam na real.

 

 

 

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