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Cresce 34% o faturamento da mineração no Brasil

Cresce 34% o faturamento da mineração no Brasil
[foto] - Investimento de US$ 68,4 bilhões em extração mineral, é o projeto do Brasil até 2028. Foto Vale

21-10-2025 23:06:35
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Cresceu 34% o faturamento do setor de mineração no Brasil. Conforme os números do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), os ganhos somaram R$ 76,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025 e em igual período de 2024, R$ 56,7 bilhões. Estado de Minas Gerais registrou resultado positivo de 39%, seguido de Pará com 35% e Bahia com 4%. Extração de minério de ferro foi a maior com 52% e crescimeento de 27% (faturamento de R$ 39,8 bilhões). Foio para a China a principal venda, com 69,3% do total.

 


O setor mineral prevê investir US$ 68,4 bilhões em projetos para o período 2025-2029. Embora o maior volume absoluto de investimentos seja esperado para o minério de ferro (19.597 bilhões), o maior crescimento percentual é estimado para as chamadas terras raras: variação positiva de 49% em relação ao período 2024-2028.

Em relação ao comércio exterior, foram exportadas cerca de 121 milhões de toneladas de produtos do setor mineral, aumento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O minério de ferro foi responsável por 65% das exportações. A China foi o principal destino das exportações minerais brasileiras: 69,3%.

Em dólares, o faturamento com importações aumentou 3,3% e totalizou US$ 2,5 bilhões. A principais compras vieram dos Estados Unidos (20,8%), Rússia (19,3%), Canadá (14,3%) e Austrália (11,4%). As demandas foram maiores para potássio (57%), carvão mineral (24%) e enxofre (6%).

“O que justifica esse aumento é a expectativa de demanda pelas terras raras. Quando a gente vê os estudos de demanda da União Europeia e dos Estados Unidos, por exemplo, vê projeções elevadas”, disse Julio Cesar Nery Ferreira, diretor de Assuntos Minerários do Ibram. “Elas já foram identificadas em vários estados, como no sul de Minas Gerais, onde temos uns quatro ou cinco projetos, mas também em Goiás, Bahia, e outros estados.”

Segundo os levantamentos geológicos mundiais, o Brasil tem a segunda maior reserva do mundo em terras raras. Tivemos agora a criação de uma comissão parlamentar de terras raras no Congresso. É um fator geopolítico que o Brasil tem para explorar”, disse Fernando Azevedo, vice-presidente do Ibram.

Além das terras raras, o setor acompanha as projeções de demandas por minerais tidos como críticos e estratégicos. Casos do cobre, lítio, níquel, cobalto, nióbio, zinco e grafita.

“Não tenho a menor dúvida de que os investimentos em minerais críticos e estratégicos vão decolar ainda mais. Por vários fatores. Eles têm a ver com segurança alimentar, como potássio e fosfato nitrogenado. Outros são fundamentais para tecnologia e inovação. Exemplo dos semicondutores e chips. Também existem aqueles ligados à defesa e à soberania. Estamos falando dos que são usados para aços especiais, aviões, radares e outras múltiplas necessidades”, disse Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram.

 

 

Fonte: Agência Brasil e IBRAM
 

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