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Endividamento de idosos aumenta 45%


26-07-2019 22:13:01
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Dados do Serasa mostram que de abril de 2018 a abril de 2019 aumentou 45% as pessoas com mais de 65 anos com o nome registrado no cadastro de devedores. Para discutir endividamento entre idosos e o empobrecimento das mulheres nessa faixa etária, comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e Defesa dos Direitos da Mulher realizaram audiência pública. Há o dado que 62% das mulheres se aposentam por idade, porque não conseguem trabalhar de forma contínua; e, 47% não tem carteira assinada.

 


A professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Hildete Pereira, afirmou que a pobreza verificada entre as idosas é reflexo das desigualdades enfrentadas por elas no mercado de trabalho, com salários 30% menores, maiores índices de informalidade e obrigação cultural de cuidar da família. Lembrou que 62% das mulheres se aposentam por idade, uma vez que não conseguem trabalhar de forma contínua e 47% das trabalhadoras não têm carteira assinada.

“Há uma discriminação no mercado de trabalho e o duplo papel das mulheres de cuidadoras da família e de trabalhadoras. Essa conciliação não existe”.

Cobertura alta


A representante da Secretaria da Previdência, Thaís Riether, destacou que a cobertura previdenciária vem aumentando e que atualmente 80% das mulheres com mais de 65 anos recebem benefícios previdenciários. Disse ainda que em 118 dos 193 países do mundo homens e mulheres têm a mesma idade para a aposentadoria. Para Thaís Riether, como 60% dos servidores públicos são mulheres, igualar a idade para aposentadoria já representaria em valores atuais uma economia de R$ 25 bilhões.

“A questão que se coloca é se a Previdência Social é o melhor mecanismo para reduzir essas desigualdades e a própria OIT mostra que está longe de ser evidente que a dupla jornada afete a habilidade das mulheres de permanecer no mercado de trabalho até a mesma idade que os homens”, observou.

Qualidade de vida


Autora do requerimento para a realização da audiência, deputada Leandre (PV-PR), disse que o envelhecimento da população e a maior expectativa de vida para as mulheres, leva à necessidade de se pensar políticas públicas capazes de reverter a realidade, garantindo melhor qualidade de vida.

“Se nós não conseguirmos melhorar essa desigualdade de gênero, isso vai representar ainda mais problemas lá na frente”.

Alberto Carvalho, defensor público do Distrito Federal, afirmou que é preciso discutir a reforma previdenciária principalmente sobre os impactos sobre idosos que recebem o Benefício de Prestação Continuada, concedido para famílias com renda inferior a R$ 249 por pessoa.

Carvalho observou que de 2000 a 2016 foram gastos ao ano R$ 468 milhões com publicidade, então é preciso rever os gastos públicos antes de cortar benefícios fundamentais para a sobrevivência de milhares de pessoas.

 

 

Fonte: Agência Brasil
 

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