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Mais produtivo campo de petróleo do Brasil, volta ser chamado Tupi


05-09-2020 11:53:33
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Em julho de 2020, campo de Lula que volta ser chamado de Tupi, situado no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Registrou 988 Mbbl/d (milhão de barris por dia) de petróleo e 43,2 MMm3/d (milhões de metros cúbicos dia) de gás natural, totalizando uma produção acumulada (desde 29/12/2010) de 2,038 bilhões de barris de óleo equivalente. Ficou atrás apenas do campo de Marlim, na Bacia de Campos, que registra produção acumulada (desde 17/03/1991) de 2,827 MMboe.

 


A produção no Pré-sal em julho foi de 2,739 MMboe/d, o que corresponde a 70,3% do total nacional. Foram produzidos 2,179 MMbbl/d de petróleo e 88,88 MMm3/d de gás natural por meio de 117 poços. Houve aumento de 2,5% em relação ao mês anterior e de 25,4% em relação a julho de 2019. 

As informações são do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP, com dados detalhados referentes a julho de 2020. Neste mês, a produção nacional foi de 3,898 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 3,078 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 130 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural. 

A produção de petróleo aumentou 2,2% se comparada com o mês anterior e 10,9% frente a julho de 2019. No gás natural, houve aumento de 1,4% em relação a junho e de 5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. 

Durante o mês de julho, 33 campos tiveram produções interrompidas temporariamente (efeitos da pandemia da Covid-19). Dos locais, 16 campos são marítimos e 17 terrestres, em um total de 60 instalações, permaneceram com produção interrompida. Em junho, havia 34 campos paralizados, sendo 16 marítimos e 18 terrestres. Não houve alteração em relação ao número de instalações marítimas. 

Boletim com novos gráficos 

A partir desta edição, o boletim traz novos gráficos (27 a 30) contendo dados sobre o volume de gás natural injetado e queimado das instalações marítimas, além das que apresentam maior relação entre queima e produção e entre injeção e produção de gás natural. 

A queima de gás natural é necessária durante a produção, por questões de segurança. Também faz parte  do sistema de segurança, a manutenção da chama dos pilotos da unidade de produção, fundamental em casos de emergência para que o gás possa ser direcionado aos queimadores. 

É comum que durante o período de comissionamento das unidades, quando os equipamentos de cada sistema são postos em operação, todo o gás seja queimado. Esse procedimento é executado até que os equipamentos estejam em coindições de operação (poços de injeção ou infraestrutura de escoamento). Quanto à reinjeção do gás, ocorre em geral para aumentar o fator de recuperação do reservatório ou por falta de infraestrutura para escoamento. 

A ANP, juntamente com os operadores, vem realizando esforço nos últimos anos, para reduzir a queima de gás natural a níveis mínimos necessários à manutenção das operações das instalações de produção. Os critérios para queima estão previstos na Resolução ANP 806/2020. Recentemente foi publicado um estudo coordenado pela ANP sobre o aproveitamento do gás natural no pré-sal, que pode ser acessado em: http://www.anp.gov.br/noticias/5703-anp-lanca-estudo-sobre-aproveitamento-do-gas-do-pre-sal

Aproveitamento do gás natural 

Em julho, o aproveitamento de gás natural foi de 96,9%. Foram disponibilizados ao mercado 54,9 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 4 MMm³/d, um aumento de 27,7% se comparada ao mês anterior e de 15,3% se comparada ao mesmo mês em 2019. 

O aumento da queima de gás em relação a junho se deu principalmente pelo aumento de 6,3 vezes da produção da P-70, em relação ao mês anterior, que se encontra no campo de Atapu. A P-70 está em comissionamento e, portanto, queima 100% do gás natural produzido. Outro motivo foi o aumento de 9% e de 5,5% da queima associada aos campos de Búzios e Lula, respectivamente. 

Origem da produção 

Neste mês de julho, os campos marítimos produziram 96,9% do petróleo e 85,6% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 94,8% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Porém, os campos com participação exclusiva da Petrobras produziram 43,1% do total. 

Destaques 

A plataforma Petrobras 76, produzindo no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, produziu 168,649 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo. 

A instalação FPSO Cidade de Mangaratiba, produzindo no campo de Lula, por meio de sete poços a ela interligados, produziu 7,417 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural. 

Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.099. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 67. 

Campos de acumulações marginais 

Esses campos produziram 376,4 boe/d, sendo 112,6 bbl/d de petróleo e 41,9 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 259 boe/d. 

Outras informações 

No mês de julho de 2020, 270 áreas concedidas, três áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 35 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 63 são marítimas e 207 terrestres, sendo 10 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.807 poços, sendo 508 marítimos e 6.299 terrestres. 

O grau API médio foi de 27,9 sendo 2,8% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 85,4% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 11,8% óleo pesado (<22 API).     

As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 99 Mboe/d, sendo 78,9 mil bbl/d de petróleo e 3,2 MMm³/d de gás natural. Desse total, 82,2 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 16,8 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 10.910 boe/d no Rio Grande do Norte, 5.338 boe/d na Bahia, 313 boe/d em Alagoas, 175 boe/d em Sergipe e 79 boe/d no Espírito Santo. 

  

+ Veja a edição de julho do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural e as tabelas associadas

(http://www.anp.gov.br/publicacoes/boletins-anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural)

 

 

Campo de Lula volta ao nome original

Campo de Lula da Petrobras, no pré-sal da Bacia de Santos, no Rio de Janeiro, volta ser chamado campo de Tupi. A modificação é  exigência do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4). Considerou que o nome gerava "promoção pessoal" para o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) diz que a Petrobras já comunicou a mudança, que está sendo analisada.

 

 

Fonte: ANP - Assessoria dde Imprensa
 

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