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Brasileiros em pobreza extrema eram quase 13 milhões em 2019


12-11-2020 22:45:06
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Quase 13 milhões de brasileiros viviam na pobreza extrema em 2018 e 2019, considerando-se a paridade do poder de compra (PPC) em US$ 1,90. No ano de 2018 viviam na pobreza, medida pelo valor de US$ 5,50 PPC, mais de 22,5 milhões. Mas em 2019, esse número caiu para 22,4 (de 25,3% para 24,7%). Na região nordeste encontrava-se mais de 50% desse total e 39,8% dos pobres eram mulheres de cor preta ou parda. São números do IBGE, conseguidos pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua.

 


Pelo índice de Gini (Corrado Gini) que mostra a desigualdade social, houve queda que a Pesquisa confirma em 0,543, em 2019 na relação com 2018, quando estava em 0,545. A despeito dessa "melhora" o Brasil foi considerada o 9º mais desigual do mundo, segundo os técnicos do Banco Mundial.

Entre 2018 e 2019, a taxa de desocupação caiu de 12% para 11,7%. Porém, a proporção dos desocupados há pelo menos 2 anos, subiu de 23,5% em 2017 para 27,5% em 2019.

Entre os jovens de 15 a 29 anos de idade, 22,1% não estudavam e não estavam ocupados em 2019. O percentual foi menor que em 2018, em decorrência do aumento do nível de ocupação.

Em 2019, os estados do Nordeste apresentavam mais de ¼ dos jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados, padrão percebido na série iniciada em 2016.

Entre as mulheres pretas ou pardas de 15 a 29 anos de idade, 32,0% não estudavam e não tinham ocupação em 2019, proporção 2,4 vezes maior que a dos jovens brancos nessa situação (13,2%).

Em 2018, segundo o Caged, mais de 71 mil contratações ocorreram pela forma intermitente no país, representando 0,5% das admissões com carteira assinada. Em 2019, foram mais de 155 mil contratações dessa forma intermitente, ou 1,0% das admissões com carteira.

Quatro em cada dez trabalhadores ocupados estavam na informalidade em 2019. A informalidade no mercado de trabalho brasileiro, de caráter estrutural, atingia 41,6% dos trabalhadores do país em 2019, ou 39,3 milhões de pessoas. Este indicador se manteve estável em relação a 2018. A proporção era maior na região Norte (61,6%) e menor na Sul (29,1%).

Entre pessoas ocupadas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, a proporção de informais era de 62,4%, mas de apenas 21,9% entre aquelas com ensino superior completo.

Em 2019, Pará tinha a maior proporção de trabalhadores informais (67,9%)

Em 2019, 39,3 milhões de pessoas estavam ocupadas nas cinco modalidades que constituem o trabalho informal (empregado e trabalhador doméstico sem carteira assinada, conta própria e empregador não contribuintes para a Previdência Social e trabalhador familiar auxiliar), o que representou 41,6% da população ocupada, percentual mais elevado da série, e estabilidade frente a 2018 (41,5%).

Entre as pessoas ocupadas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, a proporção de informais foi de 62,4%, contra 21,9% para aquelas com ensino superior completo.

Pará (67,9%), Maranhão (65,4%) e Piauí (65,1%) foram as unidades da Federação com os maiores percentuais de trabalhadores em ocupações informais em 2019, enquanto Santa Catarina (23,4%), Rio Grande do Sul (30,4%), São Paulo e Paraná (ambos com 31,4%), tinham as menores proporções.

Taxa de desocupação diminuiu em 2019

Em 2019, a taxa de desocupação (11,7%) mostrou relativa melhora frente a 2018 (12%). A taxa de desocupação da população preta ou parda (13,6%) foi maior que a da população branca (9,2%), padrão já observado na série. Mesmo entre pessoas com o mesmo nível de instrução, a taxa é maior para os pretos ou pardos em todos os níveis educacionais. No ensino fundamental completo ou médio incompleto, por exemplo, a taxa de desocupação varia de 13,7% entre brancos para 18,4% entre pretos ou pardos.

 

 

Fonte: IBGE
 

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