Último boletim de ações de fiscalização no mercado de combustíveis em 11 estados, nas cinco regiões do Brasil, mostra esse e outros comportamentos ilícitos que prejudicam o consumidor. Primeiro ato é saber se a empresa cumpre as normas da ANP. São por exemplo atendimento aos padrões de qualidade dos combustíveis, fornecimento do volume correto pelas bombas, apresentação de equipamentos e documentação adequados.
Além da fiscalização de rotina, a Agência também atua em parceria com diversos órgãos públicos. Na última semana, houve parcerias com as Secretarias de Fazenda do Rio de Janeiro e do Pará, nas quais esses órgãos focaram no combate a irregularidades tributárias, com apoio da ANP, que verificou ainda as questões relacionadas às regulações.
Resultado desse trabalho fiscalizou postos de combustíveis automotivos e de aviação, revendas de GLP (gás de cozinha), distribuidores de combustíveis, transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), caminhões-tanque e produtores de etanol e biodiesel:
Paraná
Foram fiscalizados 10 postos de combustíveis no Paraná, nas cidades de Curitiba e Ponta Grossa. Na capital, um posto foi autuado e teve interditados quatro bicos de etanol hidratado combustível, por comercializar o produto fora das especificações da ANP (teor alcoólico abaixo do permitido).
Santa Catarina
Em Santa Catarina, foram inspecionados dois postos de combustíveis e 18 revendas de GLP, nos municípios de Imbituba, Tubarão, Paulo Lopes, Palhoça, Brusque, São José e São João Batista. Em Paulo Lopes, a ação foi em parceria com a Polícia Civil e, em Imbituba, a Agência atuou em força-tarefa com o Procon Municipal e a Polícia Civil.
Foram interditados 6 estabelecimentos que revendiam GLP sem autorização da ANP, sendo 4 em Paulo Lopes, 1 em Imbituba e 1 em Palhoça.
Houve ainda autuações em três revendas de GLP autorizadas: 1 em São José, por permitir a operação de outro revendedor de GLP nas instalações sem possuir autorização da ANP; 1 em Imbituba, por comercializar recipientes transportáveis para revendedores não autorizados pela Agência; e 1 em Palhoça, por operar em endereço diferente do autorizado, além de não possuir painel de preços visível aos consumidores e não possuir os documentos de outorga para o endereço onde exercia a atividade.
Em Brusque, 1 posto de combustíveis foi autuado por estar cadastrado na ANP como bandeira branca e exibir marca comercial de distribuidora, além de informar aos consumidores que o combustível comercializado tinha origem em uma distribuidora diferente da que constava na nota fiscal.
Rio Grande do Sul
Os fiscais estiveram em três postos de combustíveis e uma revenda de GLP em Gramado, Nova Petrópolis e Terra de Areia, no RS. Não foram encontradas irregularidades.
Bahia
Na Bahia, a ANP fiscalizou 10 postos de combustíveis e 3 revendas de GLP, em Vitória da Conquista e Camaçari.
Em Vitória da Conquista, dois postos foram autuados e sofreram interdições por fornecerem volume de combustível abaixo do registrado na bomba abastecedora, sendo que um deles também foi autuado por não possuir equipamento para teste de volume (que pode ser exigido pelo consumidor) calibrado e em perfeito funcionamento. Um terceiro posto foi autuado por não possuir instrumentos para análise da qualidade dos combustíveis (teste que também podem ser exigidos pelo consumidor).
Na mesma cidade, uma revenda de GLP foi autuada e interditada por não obedecer às condições mínimas de segurança e por transportar os botijões em estruturas não permitidas, conhecidas como "cangalhas". Outra revenda de GLP foi autuada por não obedecer ao horário de funcionamento exibido no quadro de aviso.
Já em Camaçari, um posto foi autuado por não apresentar termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol hidratado para verificar aspectos de qualidade) em perfeito estado de funcionamento.
Pernambuco
Fiscais da ANP estiveram em 10 postos de combustíveis automotivos, 1 de aviação e 6 distribuidoras de combustíveis em Pernambuco, nas cidades de Recife, Caruaru, Chã de Alegria e Santa Cruz do Capibaribe. Na última, a atuação da ANP foi em força-tarefa com o Procon-PE, Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-PE), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Guarda Municipal.
Em Caruaru, um posto de combustíveis automotivos foi autuado e sofreu interdição por fornecer menos combustível do que o registrado na bomba, além de autuado por romper lacre afixado em bico de abastecimento em fiscalização anterior. Outro posto foi autuado por não possuir equipamento para teste de volume calibrado e em perfeito funcionamento.
Três outros postos foram autuados e interditados por fornecerem menos combustível do que o registrado na bomba, sendo um em Chã de Alegria e dois em Santa Cruz do Capibaribe. Na última cidade, um dos postos também foi autuado por não apresentar termodensímetro em perfeito estado de funcionamento.
Goiás
No estado de Goiás, houve fiscalizações nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Palmeiras de Goiás e Senador Canedo. Foram fiscalizados oitos postos de combustíveis, nove revendas de GLP, um produtor de biodiesel e um distribuidor de combustíveis.
Dois postos de Palmeiras de Goiás foram autuados por fornecerem menos combustível do que o registrado na bomba, sendo um bico de gasolina comum de cada posto interditado. Na mesma cidade, três postos foram autuados por falta de equipamentos de análise da qualidade, sendo um deles autuado também por defeito no termodensímetro.
Além disso, seis revendas de GLP não autorizadas pela ANP em Goiânia e Aparecida de Goiânia foram interditadas em operação conjunta com a Delegacia do Consumidor (DECON-GO), sendo apreendidos 105 botijões de 13kg (P13).
Mato Grosso
Em Cuiabá, Cáceres e Primavera do Leste, em Mato Grosso, a ANP esteve em 8 postos de combustíveis e um transportador-revendedor-retalhista (TRR).
Na capital do Estado, dois postos foram autuados por fornecerem menos combustível do que o registrado na bomba, em operação conjunta com a DECON-MT. Um dos postos teve um bico de óleo diesel S10 interditado e o segundo corrigiu o problema ainda durante a ação, não sofrendo interdição (sem prejuízo da devida autuação e processo administrativo). Um terceiro posto na cidade foi autuado por falta de equipamento de análise da qualidade e um quarto por não apresentar planta simplificada.
Já em Cáceres, um posto foi autuado por falta de equipamento de análise da qualidade e por exibir bandeira de distribuidor estando cadastrado na ANP como bandeira branca, ou seja, sem vínculo com qualquer distribuidora.
Pará
A ANP atuou esta semana em uma operação com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa-PA) e diversos outros órgãos, em Marabá, para verificação de caminhões-tanques, em especial para combater irregularidades no comércio de óleo diesel.
Foi identificado um caminhão com 20.000 litros de óleo diesel B S500 com nota fiscal falsa. A ANP lavrou dois autos de infração, apreendeu o combustível, lacrou as saídas de combustível do caminhão, coletou amostras para análise laboratorial e notificou a empresa a retornar com o caminhão para o seu pátio em Belém-PA, tornando a mesma fiel depositária do combustível apreendido.
Foram fiscalizados ainda oito postos de combustíveis automotivos e três de combustíveis de aviação nas cidades de Marabá, Parauapebas (Carajás) e Eldorado dos Carajás, não sendo encontradas irregularidades.
Rio de Janeiro
ANP fez (210928) operação com o Procon-RJ em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, fiscalizando 8 postos de combustíveis. Um posto foi autuado e teve interditadas as bombas de etanol hidratado comum, por comercializar o produto fora das especificações da ANP (teor de alcoólico abaixo do permitido). Em outro posto, quatro bicos de combustíveis foram lacrados, por fornecerem menos combustível do que o marcado na bomba.
Agência fiscalizou (210930) 2 postos na capital fluminense, em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz-RJ). Não foram encontradas irregularidades pela ANP, mas houve coleta de combustíveis para análise mais aprofundada em laboratório credenciado.
A operação fez parte de um esforço, com a Sefaz, de ampliação da agenda de trabalho para identificar e coibir irregularidades tributárias, além das verificações de rotina que são feitas pela ANP. A ação terá continuidade ao longo do mês de outubro.
Foram constatadas irregularidades na gasolina comercializada por 6 postos da cidade do Rio de Janeiro que haviam sido fiscalizados no último sábado (210925).
Este trabalho tem mais informações em:
As não conformidades, identificadas nos parâmetros destilação, teor de enxofre e marcador (que indica a presença de solvente), foram detectadas em testes realizados por laboratório credenciado, a partir das amostras coletadas na ação de sábado. Os postos serão autuados e responderão a processo administrativo.
São Paulo
No Estado de São Paulo, foram fiscalizados pela ANP 55 agentes econômicos, sendo 50 postos de combustíveis automotivos, 3 de aviação e 2 produtores de etanol.
Os fiscais estiveram na capital e nos municípios de Avaré, Barretos, Bragança Paulista, Campinas, Franca, Gavião Peixoto, Guaíra, Itaquaquecetuba, Lindóia, Osasco, Patrocínio Paulista, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo e Suzano.
Na capital paulista, 5 postos de combustíveis automotivos foram autuados, tendo 3 também sofrido interdições.
Dois postos foram autuados e interditados totalmente por não terem autorização da ANP, além de comercializarem combustíveis fora das especificações.
Em um foi encontrada gasolina C aditivada com teor de etanol anidro de 51% (quando o determinado na legislação é 27%) e etanol hidratado combustível (EHC) com teor alcoólico acima do permitido.
No segundo, o teor de etanol anidro foi abaixo do determinado, 7%, e o EHC estava com teor alcoólico abaixo do permitido, além de ter também rompido lacres de interdição anterior. Um terceiro posto foi autuado e teve quatro bicos de etanol hidratado interditados pelo produto estar com teor alcoólico abaixo do permitido.
Os outros 2 postos foram apenas autuados, sendo um por dificultar a ação de fiscalização, romper lacres de interdição anterior, não funcionar no horário mínimo obrigatório e por estar com bombas medidoras em imperfeito estado de funcionamento. Um segundo posto de combustível, foi autuado por não atualizar dados cadastrais referentes à marca comercial que ostenta e não possuir equipamentos para realização de testes de qualidade nos combustíveis.
Foram encontradas irregularidades ainda em 4 outras cidades. Em Piracicaba, um posto foi autuado, interditado totalmente e teve produtos apreendidos por falta de autorização da ANP; comercializar gasolina comum com teor de etanol anidro de 71% em um tanque e de 95% em outro; comercializar etanol hidratado com teor alcoólico abaixo do permitido; dificultar a fiscalização; não possuir equipamento para medição da quantidade de combustível fornecida pelas bombas; não possuir equipamentos para a realização de testes de qualidade dos combustíveis; e estar com termodensímetro em imperfeito estado de funcionamento.
Em Bragança Paulista, um posto foi autuado e interditado parcialmente por fornecer combustível em quantidade inferior do que a indicada na bomba medidora em cinco bicos, chegando a 1,2 litro a menos a cada 20 litros.
Em Itaquaquecetuba, um posto foi autuado por não atualizar dados cadastrais referente à marca comercial que ostenta e estar com o termodensímetro em imperfeito estado de funcionamento. E, em São José do Rio Pardo, um posto foi autuado também por não atualizar dados cadastrais referente à marca comercial que ostenta.
Veja mais informações sobre força-tarefa realizada (21092609 a 211002) em São Paulo:
Minas Gerais
Na semana, foram fiscalizadas 34 revendas de GLP e seis postos revendedores de combustíveis no Estado de Minas Gerais, nas cidades de Carandaí, Sabará, Lagoa Santa, São José da Lapa, Vespasiano, Nova Lima, Maravilhas e Uberlândia.
Foram lavrados 14 autos de infração, sendo que um, em Carandaí, também resultou em interdição por fornecer menos combustível do que o registrado na bomba.
Outras três autuações foram por não conformidades em combustíveis, detectadas em análises feitas por laboratório credenciado a partir de amostras coletadas pelos fiscais.
As outras autuações foram por motivos diversos, como falta de instrumentos de análise para o teste de qualidade que pode ser exigido pelo consumidor; uso de veículos inadequados; painel de preços não conformes com a legislação; e dispositivos de segurança não atendidos.
Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP:
https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/fale-conosco
ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita.
Fonte: ANP - Assessoria de Imprensa
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