220316 - 19:20 horas

Por meio da análise de modelagem hidrodinâmica, é possível estudar como o rio se comporta em uma determinada situação e realizar prognósticos com a simulação de cenários futuros. Na Hidrovia Tietê-Paraná, foi esse serviço que permitiu a utilização das ondas de vazão e, consequentemente, possibilitou que a retomada da navegação dos comboios fosse antecipada.

O retorno da navegação dos comboios acontece gradualmente, com calado inicial de 2,40 metros (m). A expectativa é de que o Rio Tietê atinja a navegabilidade plena (com 2,70 m) até o final deste mês.

Ao garantir mais economia neste tipo de transporte, a retomada da operação na hidrovia deve impulsionar o agronegócio, uma vez que o modal aquaviário é um dos principais meios de escoamento de grãos dos estados do Centro-Oeste para o Porto de Santos.

Umas das principais vias hidroviárias em funcionamento no Brasil, a Hidrovia Tietê-Paraná tem extensão de 2,4 mil quilômetros (km), dos quais 800 km são no Rio Tietê e 1,6 mil km ficam na na Hidrovia do Rio Paraná.

Quando iniciou as operações, a hidrovia impulsionou a implantação de 23 polos industriais, 17 polos turísticos e 12 polos de distribuição, onde é gerada quase a metade do PIB brasileiro e conecta áreas de produção aos portos marítimos.

Em 2020, sem a paralisação, foram transportados pela hidrovia 4.0 mm de toneladas de cargas. E no ano anterior, em 2021, a movimentação foi de 3.3 mm de toneladas transportadas.

A hidrovia integra o sistema de transporte multimodal do Corredor Sudeste de Logística e tem 12 terminais portuários, distribuídos em uma área de 76 milhões de hectares. As principais cargas transportadas são milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo.

Dragagem do rio Paraguai

Em julho de 2021, DNIT iniciou a dragagem na Hidrovia do Rio Paraguai (HN-950), entre os municípios de Cáceres/MT e Corumbá/MS. O objetivo é garantir nível de serviço adequado às atuais demandas de transporte do rio, proporcionando melhores condições de navegabilidade e segurança.

A recuperação e manutenção do trecho hidroviário inclui serviços de dragagem e adequação da sinalização náutica. No último mês, foi iniciada a desobstrução de vegetação e balseiros aglomerados no canal navegável - importante para evitar obstrução da via e interrupção do tráfego.

O DNIT deve realizar a dragagem de 557.500 m³ da hidrovia, só em 2021. De natureza contínua, o serviço tem encerramento previsto para dezembro de 2022, e no caso exclusivo da dragagem, a execução respeita a janela hidrológica do rio (maio-outubro) e seu período de defeso.