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Termina taxa extra de R$ 14,20 imposta na escassez hídrica


16-04-2022 11:26:35
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Terminada (220416) a vigência da bandeira de "escassez hídrica" não haverá aumento da conta de luz até o final do ano de 2022 e acaba a taxa extra de R$ 14,20 imposta (em setembro de 2021) a cada 100 kWh, consumidos. Com reservatórios cheios em 4 regiões do Brasil, foi dispensado o uso de energia das termelétricas, cujo custo de funcionamento é muito caro. Não estão completos só os reservatórios da região sul.

 


A redução estimada pelo Governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20%. Isso será possível porque, com os reservatórios de quatro das cinco regiões do País mais cheios, é possível, ao operador do sistema elétrico nacional, dispensar o uso de termelétricas, que têm custo maior do que o das hidrelétricas.

Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo Governo, terminaria no final deste mês. A medida, no entanto, acabou sendo antecipada em cerca de 15 dias.

A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil enfrentou, em 2021, “a pior seca já registrada na história”.

“Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, informou, em nota, a pasta.

De acordo com o Ministério, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. Secretário de Energia Elétrica do Ministério, Christiano Vieira,  disse que atualmente os reservatórios estão, em média, com 70% de níveis de armazenamento, considerado “muito relevante nesta época do ano”.


“Não dispomos de níveis assim desde 2012. Temos uma condição de segurança muito considerável. Na prática, significa que pouca geração termelétrica será necessária, o que se traduz em uma expectativa de bandeira verde até o final do ano”, disse.

Edição: Valéria Aguiar

 

220411 - 17:06 horas

Conta de luz não terá aumento até o fim do ano, garante o Governo Federal

Não haverá aumento da conta de luz até o final do ano de 2022. Isto é o que está falando Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Estava confirmando o que disse antes o presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciando o fim da bandeira de "escassez hídrica" que estipulou aumento de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. A partir do dia 16 de abril entrará em vigor a "bandeira verde" que não comporta reajustes no abastecimento.

ONS é a entidade responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

O sistema de bandeiras tarifárias é o que define o real custo da energia. Quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Assim, cobranças adicionais têm por objetivo cobrir a diferença e também funcionam para frear o consumo.

Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.

No ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.

Ciocchi afirmou que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021. "Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012", observou.

Segundo o diretor-geral da ONS, a geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis, que são aquelas que não podem parar e que possuem uma capacidade em torno de 4 mil MW (megawatts). Nos piores momentos da crise hídrica de 2021, as térmicas respondiam por mais de 20 mil MW.

Atualmente, as hidrelétricas são responsáveis por cerca de 65% da geração de energia no país. A matriz brasileira vem sendo modificada nos últimos anos com o crescimento de novas fontes renováveis, como eólica, que já representa aproximadamente 9% do total.

Apesar da recuperação das usinas hidrelétricas, Ciocchi considera ter sido acertada a decisão do governo de contratar térmicas emergenciais no ano passado. Elas deverão garantir, até dezembro de 2025, a reserva de energia que era considerada necessária para uma recuperação de longo prazo. "Na hora que tomamos a decisão, existia uma incerteza muito grande. Tínhamos duas escolhas: o arrependimento de contratar e o arrependimento de não contratar", pontuou.

 

 

Fonte: ONS, EBC e TV Brasil
 

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