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Estudo mostra crescimento de ocupações em áreas de risco

Estudo mostra crescimento de ocupações em áreas de risco
[foto] - Construções em áreas de risco ficam sujeitas a desastres como em São Sebastião, São Paulo

31-10-2023 22:17:37
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Desde 1985, aumentou 5,2 vezes a ocupação de áreas com declividade superior a 30%, proibidas pela lei 7666 (1979) no Brasil, por serem mais suscetíveis a deslizamentos. Esse índice foi encontrado pela organização não governamental MapBiomas, que revelou ainda crescimento de 2,8 vezes, no mesmo período, de moradias construídas em locais sujeitas a inundações, deslizamentos, secas, estiagens e outros desastres climáticos aumentou. Em 2022, 123 mil hectares foram ocupadas em locais impróprios.

 


MapBiomas está ligada a universidades e empresas de tecnologia.

Pesquisa revelou que o crescimento da ocupação de territórios de risco, foi proporcionalmente maior nas áreas de favelas, onde esse aumento foi de 3,4 vezes no período de 1985 a 2022. De acordo com o levantamento, em 2022, 3% da área urbana total estava em regiões de risco, considerando uma média nacional. Nas favelas, esse percentual chegou a 18%.

Entre as situações de risco avaliadas estão os fundos de vales, ou seja, áreas que ficam a, no máximo, três metros de distância vertical do rio mais próximo. O MapBiomas identificou 425 mil hectares de áreas urbanas nessa situação, mas que ainda não são oficialmente reconhecidas como áreas de risco. Dois terços (68%) desta ocupação ocorreram nos últimos 38 anos. De acordo com o levantamento, a ocupação muito próxima aos leitos quadruplicou de 1985 a 2022.

“Os dados mostram uma situação preocupante, onde as ocupações precárias e com maior vulnerabilidade a eventos extremos cresceram rapidamente. Enquanto as áreas urbanas no Brasil triplicaram desde 1985, a ocupação muito próxima aos leitos dos rios quadruplicou e a ocupação em áreas de alta declividade quintuplicou no mesmo período de tempo.” Assim fala Julio Pedrassoli, um dos coordenadores de mapeamento de Áreas Urbanizadas do MapBiomas.

Segundo o estudo, 98,8% das áreas ocupadas cumprem a legislação. Porém, a ocupação das áreas proibidas aumentou 5,2 vezes desde 1985.

 

 

Fonte: MapBiomas
 

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