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Aquecimento do clima provoca mais raios na região norte do Brasil


26-10-2015 23:23:01
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Incidência de raios mata mais brasileiros na região norte do País. É o que prova estudo realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que comparou dados de 2000 e 2014. Morreram 1.789 queimadas por raios com média anual menor de 132 para 111. Ao norte acidentes subiram de 18% para 21%.

 


Dizem os pesquisadores que a tendência é aumentarem as mortes por raios, que são em maior número com o aquecimento global. Maior número de vítimas está na região sudeste, por causa da população maior. Mas a estatíustica também reduziu de 29% para 26%.

Osmar Pinto Júnior, que coorderna o estudo, afirma que a falta de acesso à informação pode ser a causa para o aumento de mortes no Norte. Trata-se de uma região com cidades pequenas e muito distantes dos centros urbanos. Ali há também a tendência de aumento da população, assim como da incidência de raios, porque é a região que mais está esquentando. Chegará a 7 ºC até o fim do século.

INPE lançou em setembro um sistema de previsão de raios que pretende informar onde irão cair no dia seguinte. Mas o sistema deve entrar em operação só em janeiro de 2016. A ideia é firmar parceria com as emissoras de televisão para que, assim como a previsão do tempo, seja divulgado o serviço de previsão de raios.

 

Raios já aumentam no sul

Apesar de registrar a maior incidência de raios no mundo, por ser o maior País localizado na região tropical, o Brasil é o 7º em número de mortes, atrás da China (média de 700 mortes por ano), Índia (450), Nigéria (400), México (220), África do Sul (150) e Malásia (150). Pesquisador explica que o padrão de ventos e a alta temperatura da região, influem diretamente na formação de tempestades.

O coordenador do ELAT alerta ainda que, apesar da tendência de aumento de raios no Norte, de forma pontual neste verão, por causa do fenômeno El Niño, a Região Sul será muito atingida. “No inverno, já tivemos 500% mais raios se comparado a 2014. No Sudeste o aumento foi 100%”.

Mortes dentro de casa preocupam

Apesar do número de mortes em atividades agropecuárias ser maior, com 25% dos casos, uma das preocupações do Inpe é com o aumento, de 12% para 19%, do número de pessoas que morrem por raios dentro de casa. Segundo Osmar é um número muito alto. Ele cita os Estados Unidos que tem uma média de 30 mortes por ano por raio e 1% delas é dentro de casa.

“É verdade que dentro de casa a pessoa está mais protegida que ao ar livre, mas não completamente, pois o problema vem pelas redes elétrica e telefônica. Precisamos melhorar a segurança dessas redes com apoio do governo e das empresas”, diz o coordenador do Elat.

Osmar orienta as pessoas a evitar banhos no chuveiro elétrico, falar ao telefone com fio e ficar próximo a eletrodomésticos e grande objetos metálicos, durante tempestades. Falar ao celular não é perigoso, desde que ele não esteja conectado ao carregador.

Além das citadas, as principais circunstâncias de mortes por raios são no transporte, embaixo de árvores, em campo de futebol e na praia.

 

Raios, ffuturo do clima


Perfil das vítimas O INPE destaca ainda que a idade das vítimas tem diminuído consideravelmente. O índice daqueles com menos de 24 anos mortos por raios passou de 40% para 68%. Segundo Osmar, as orientações sobre como se proteger de raios chegam mais fácil à população adulta do que aos jovens e crianças.

“Ou o jovem não recebe ou negligencia a informação, o que sugere que devemos fazer ações votadas para esse público. Uma sugestão é que os livros didáticos tragam informações para que as crianças percebam o perigo dos raios e ao longo das próximas gerações tenhamos crianças mais protegidas”, afirma Osmar.

Além dos dados de mortes por raios, o livro traz a evolução do significado desse fenômeno natural, que antes era visto como uma manifestação mais mística e hoje está mais ligado à ciência e em como os raios podem ajudar a prever o futuro do clima.

 

 

Fonte: INPE - Agência Brasil
 

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