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No Rio de Janeiro as sirenes alertam o perigo de tempestades

No Rio de Janeiro as sirenes alertam o perigo de tempestades
[foto] - Sirenes darão alerta de perigo de temporais no Rio de Janeiro

16-11-2023 22:03:47
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Alto-falantes instalados em 103 comunidades vão disparar sirenes quando há situação de risco na cidade do Rio de Janeiro. É uma das novidades do Plano Verão, lançado (231116) pelo prefeito Eduardo Paes, tentando reduzir perigos e efeitos negativos dos temporais intensificados pelo El Niño. Avisos em mensagens gravadas serão processados para orientar os moradores. Prefeito fez apelo para que as pessoas respeitem os alertas sonoros, que são baseados em dados reais de um perigo iminente.

 


 

“Quando aquela sirene toca, ela serve para alertar a população, não vem de um achismo, são dados objetivos, índices pluviométricos, características daquele solo, daquela área, tempo de chuva... Nós precisamos e queremos salvar vidas da cidade”, disse Eduardo Paes.

A Defesa Civil treinou quase 800 agentes comunitários nas áreas de risco e fez testes simulados em 85% das comunidades com sirenes.

Alerta no telefone

Em todo o País, a Defesa Civil oferece canais de alerta de tempestades. Para receber por SMS, é preciso enviar o CEP para o número 40199. Para receber por WhatsApp, é só enviar uma mensagem para o número (61) 2034-4611.

El Niño, o perigo

Plano Verão 2023/24, reúne uma série de medidas para evitar e/ou minimizar efeitos de temporais. Uma das principais preocupações das autoridades municipais é a combinação entre mudanças climáticas e as consequências do fenômeno climático El Niño - aquecimento anormal das águas da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico.

“A gente pode ter extremo de chuva ou extremo de calor na Região Sudeste. A cidade do Rio de Janeiro está se preparando, para os extremos." Foi o queMarcus Belchior, chefe do Centro de Operações Rio (COR). Centgro é a sala de controle que monitora o funcionamento da Cidade e oferece respostas operacionais para diversas situações, articulando órgãos públicos e privados.

Levantamento da Prefeitura mostra que a frequência e intensidade de eventos críticos do clima, vêm se agravando nas últimas décadas. Apesar de o verão começar em dezembro e terminar em março, o plano municipal de alerta engloba ações que vão de novembro até abril de 2024.

De acordo com a Prefeitura, desde 2021 foram investidos R$ 2,1 bilhões em tecnologia, prevenção e resposta a danos causados por tempestades.

Tecnologia e radar

No conjunto de itens de tecnologia que estarão à disposição da Prefeitura para lidar com os eventos extremos, figura um radar meteorológico que começará a funcionar em dezembro. Será o segundo da cidade. Uma vantagem é que o novo equipamento não é afetado por áreas de sombra, ou seja, partes que não consegue monitorar.

“O primeiro radar só tem a visão horizontal, não tem a vertical. Com a implantação desse novo radar, a gente consegue ter uma previsão mais no detalhe. Eu tenho capacidade de ver o granizo, tamanho e intensidade da nuvem. Em complementação ao software de [monitoramento de] raios, nos dá mais assertividade na previsão. É uma evolução tecnológica”, explicou o chefe do COR.

Fazem parte do pacote de reforços tecnológicos 3,5 mil câmeras de monitoramento, contra 2 mil no ano passado. A prefeitura tem ainda uma parceria com a Agência Espacial Americana (Nasa) para modelos de análise de risco de deslizamentos e para previsão de enchentes em curtíssimo prazo.

Desassoreando rios e podando árvores

Participaram da elaboração do plano 30 órgãos municipais. A Prefeitura informou ter alcançado em 2023 um recorde de desassoreamento de rios da cidade. Foram retiradas 555 mil toneladas de material dos rios, 10% a mais que no ano passado.

“O número de podas por ano quase que dobrou, passamos de 78 mil para 150 mil. Esse serviço é importante porque, nos dias de fortes chuvas, muitas árvores caem, derrubam postes, fecham o trânsito, dando um trabalho muito grande”, afirmou o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Flávio Lopes.

"Nenhum desses investimentos nos traz a imunidade ou a certeza de que não teremos alagamento nas cidades. Teremos alagamento, pedimos atenção das pessoas", afirmou Paes, que pediu mais conscientização para que as pessoas não joguem lixo nas ruas e nos rios.

Estágios para entender

A partir da quinta-feira (231116), a Prefeitura do Rio alterou a classificação dos estágios operacionais, com o objetivo de simplificar o entendimento dos cariocas.

A nova gradação substitui os nomes (normalidade, mobilização, atenção, alerta e crise) por números. Sendo assim, o município passa a ter estágios de 1 até 5, em que o 1 é a cidade operando em condição normal, e o 5 é o cenário mais crítico.

“Parou com aquela história de estágio de alerta, estágio de atenção, que são coisas difíceis de entender, inclusive a diferença”, explicou o Prefeito.

Calor nos ônibus

Na semana em que parte do Brasil, inclusive o Rio de Janeiro, tem experimentado uma onda de calor, o Prefeito comentou sobre os ônibus municipais que ainda circulam sem ar refrigerado. Citou que a Justiça autorizou a continuidade de uma política da Prefeitura que corta subsídios pagos às concessionárias responsáveis por coletivos que trafegam sem climatização. “Muito dificilmente algumas empresas desses consórcios vão sobreviver até o fim desse verão se continuarem a desrespeitar a população. Elas vão morrer de calor e de sufoco causados pelo prefeito.”

Nova classificação de estágios operacionais:

ESTÁGIO 1 (verde): Significa que não há qualquer alteração ou ocorrência na cidade que provoque alteração significativa na rotina do carioca. Baixo ou nenhum impacto na fluidez do trânsito e das operações da infraestrutura e logística da cidade.

ESTÁGIO 2 (amarelo): Risco de haver ocorrências de alto impacto na cidade. Há ocorrência com elevado potencial de agravamento. Ainda não há impactos na rotina da cidade, porém, os cidadãos devem se manter informados.

ESTÁGIO 3 (laranja): Uma ou mais ocorrências provocando impactos na cidade. Há certeza de que haverá ocorrência de alto impacto no curto prazo. Pelo menos uma região da cidade está impactada, causando reflexos relevantes e afetando diretamente a rotina da população ou parte dela.

ESTÁGIO 4 (vermelho): Uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade ou há incidência simultânea de diversos problemas de médio e alto impacto em diferentes regiões do município. As regiões impactadas geram reflexos graves/importantes na infraestrutura e logística urbana e afetam severamente a rotina da população ou parte dela.

ESTÁGIO 5 (roxo): Uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade. Os múltiplos danos e impactos causados extrapolam de forma relevante a capacidade de resposta imediata das equipes operacionais da prefeitura do Rio. As regiões impactadas causam reflexos graves/importantes na infraestrutura e logística urbana, e afetam severamente a rotina da população ou parte dela.

Preocupado com El Niño, Rio anuncia plano de alerta para o verão. Arte: Prefeitura do Rio

Arte: Prefeitura do Rio

 

 

Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro e Agência Brasil
 

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