Além da vulnerabilidade, a falta de acesso a um atendimento de qualidade, atrappalham os cuidados de saúde as terapias alternativas, que não têm qualquer comprovação científica mas que prometem milagres. Têm circulado com muita velocidade e podem atrasar ou mesmo fazer com que haja desistência de tratamentos.
“Tem sempre a receita da moda, o suco de graviola, o noni, o suco de cenoura, que poderiam ser receitas inofensivas, mas que são vendidas como receitas que curam. O que a gente vê é um impacto gigantesco no paciente, que considera inclusive a troca do tratamento tradicional”, disse.
O tema foi um dos destaques do Congresso Internacional de Oncologia D’or,
realizado no Rio de Janeiro. Entre as notícias falsas que promovem confusão
está também a que diz que ao fazer mamografia, as mulheres precisam
proteger o pescoço porque há risco de câncer de tireoide, o que na verdade
prejudica a imagem e o posterior diagnóstico. Outra é a que diz que usar desodorante
causa câncer de mama, tese sem qualquer comprovação científica.
Luciana destaca também que as falhas no atendimento do sistema de saúde contribuem para deixar as pessoas ainda mais vulneráveis às informações falsas.
“A situação às vezes fica desesperadora. Você fica ali, esperando para se tratar, completamente fragilizado, inseguro, as pessoas acabam recorrendo ao que está disponível”, afirmou.
A médica orienta que os pacientes busquem sempre informações oficiais de institutos, organizações e serviços de saúde que trabalham com câncer.
A Oncoguia também disponibiliza
um telefone gratuito para esclarecimento
de dúvidas. O número é 0800 773 1666
Fonte: Agência Brasil
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